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Big Jato, o Fenemê artista por Jason Vogel

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O roteiro de “Big Jato” (em cartaz no Rio) pedia um Fenemê. O filme, afinal, é uma adaptação do livro homônimo do jornalista Xico Sá, onde não faltam referências ao caminhão da Fábrica Nacional de Motores.

— É um livro sobre barulhos como o do Fenemê do meu pai, que, como escrevi, parecia gemido de dor da terceira doença venérea — conta Xico.

A ligação sentimental do escritor com a marca vem de longe. Reza a lenda familiar que
seu avô, o caminhoneiro João Patriolino de Menezes, batizou os filhos em homenagem à fábrica criada na Era Vargas.

— Todos tinham nomes com as iniciais FNM: meu pai Francisco Nildemar de Menezes, e meus tios Francisco Naidson de Menezes, Francisca Neuzanir de Menezes, Francisco Nelson de Menezes, Francisca Neide de Menezes — enumera Xico.

Mas as filmagens estavam para começar e nada de a produção achar um Fenemê que pudesse ser transformado em caminhão limpa fossa para dividir cenas com Matheus Nachtergaele (no papel de Francisco pai) e Rafael Nicácio (Francisco filho).

— Chegamos a encontrar um no interior de São Paulo, mas trazê-lo até Pernambuco seria um gasto medonho — conta Claudio Assis, diretor do filme.

Já estavam desistindo do FNM e pensaram em comprar qualquer caminhão velho, já que o mesmo seria incendiado ao fim das gravações (spoiler!). Discutiam o assunto em um bar de Casa Forte, no Recife, quando um garçom ouviu o papo e deu a indicação de um colecionador em Gravatá, município a 85km da capital pernambucana.

— Fomos lá e encontramos o Sonho de Criança, um museu particular incrível que tem desde carros antigos até tanques militares — diz Camila Valença, produtora do filme.

O FNM estava impecável e muito original. Um D-11.000 com chassis V4 (ou seja: 4,4m de entre-eixos), cabine standard, ano 1959, no tradicional verde-seda da Fábrica Nacional de Motores.

— Comprei esse caminhão em Teresina, tem pra mais de 15 anos. Restaurei motor, cabine e freios. Ficou bom — orgulha-se o colecionador José Ferreira da Silva, mais conhecido como Seu Deto da Pipoqueira (também proprietário da fábrica de Pipocas Gravatá, daí a alcunha).

Seu Deto liberou o caminhão sem custos, mas com uma condição: Carvalho, um assistente dele, deveria acompanhar todas as filmagens.

— Seu Deto foi um tremendo parceiro, e o Carvalho acabou se engajando na equipe ao longo das três semanas de filmagem — elogia Camila.

Aí foi preciso transformar o FNM em limpa-fossa. Assis e Seu Deto saíram por Gravatá até encontrarem um castigado tanque de caminhão-pipa. Como o D-11.000 de Seu Deto não tinha carroceria (era exposto no museu só com chassi e cabine), a adaptação foi simples.

“Big Jato” foi rodado em povoados dos municípios de Pesqueira e Venturosa, no Agreste Pernambucano, que faziam as vezes da fictícia Peixe de Pedra. Ainda havia um problema a resolver: fortão, Carvalho (vulgo “Cavalo”, pela compleição robusta) não poderia ser dublê de Matheus Nachtergaele (1,63m de altura) nas cenas ao volante.


— Foi maravilhoso. O Matheus fez questão de dirigir o FNM. Aquilo é complicado, tem que trocar as marchas no tempo e, ainda, o freio a ar, mas ele aprendeu! — conta o diretor do filme. — Uma das cenas pedia que ele cruzasse uma porteira. Sobrava um palmo de cada lado e pensei que teríamos que pagar o conserto do caminhão... Fizemos várias vezes e o Matheus passou bem em todas.

No fim, deu tudo certo.

— O Fenemê funcionou ótimamente bem e o devolvemos intacto — afirma Camila.

Mas e a cena do incêndio?

— Aí foi efeito especial, com bujões de gás. Filmamos e, depois, os bujões foram recortados pela finalizadora de pós-produção — revela Assis.

Das referências à Fábrica Nacional de Motores presentes no livro, sobrou uma fala em que Francisco pai conta ao filho sobre o fim da estatal.

— O filme é sobre sonhos, e acaba recuperando um pouco da utopia de criar a FNM, uma marca brasileira — explica Xico.

Terminadas as filmagens, porém, não houve muito espaço para sentimentalismo. Enquanto o filme “Big Jato” ganhava prêmios em festivais de cinema, o FNM ator voltava ao anonimato. O tanque cenográfico foi desmontado e vendido por Carvalho. Cansado da trabalheira de cuidar dos veículos antigos, Seu Deto resolveu se desfazer da coleção — e o FNM foi um dos primeiros a encontrar novo dono.


Hoje, o Big Jato das telas mora em Petrópolis, pertinho da antiga Fábrica Nacional de Motores de onde saiu, zero-quilômetro, há 57 anos.


Semana do Rock - Pé na Estrada MaharPress

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Dia 13 de julho é comemorado o Dia Mundial do Rock, mas nós sabemos que um dia não é suficiente e por isso passamos a semana montando uma lista com as melhores músicas para pegar estrada.


São 65 músicas que vão desde "curtindo a paisagem" até "retas sem fim",
então aperte o cinto e Pé na Estrada!

1 - Steppenwolf - Born To Be Wild



2 - Raul Seixas - Rock do Diabo



3 – Titãs - Aluga-se



4 - Creedence Clearwater Revival - Fortunate Son



5 - Matanza - Mesa de Saloon



6 - Engenheiros do Hawai - Infinita Highway



7 - The Doors - Roadhouse Blues



8 - The Doors - Riders On the Storm



9 - Queen - Bohemian Rhapsody



10 – Queen - Don't Stop Me Now



11 - Pearl Jam - Do the Evolution



12 - Rob Zombie - Dragula



13 - Deep Purple - Highway Star



14 - Audioslave - I am the highway



15 - Lynyrd Skynrd - Sweet Home Alabama



16 - Led Zeppelin - Rock And Roll Live



17 - The Offspring - Come Out And Play



18 - R.E.M. - Losing My Religion



19 - The Verve – Bitter Sweet Symphony



20 - Motorhead - Ace Of Spades



21 - Motorhead - Overkill



22 - Elvis Presley - Blue Suede Shoes



23 - Elvis Presley - Suspicious Minds



24 - Elvis Presley - Jailhouse Rock



25 - Elvis Presley - A Little Less Conversation



26 - Elvis Presley - Hound Dog



27 - Chuck Berry - Johnny B. Goode



28 - Chuck Berry - No Particular Place to Go



29 - Chuck Berry - School Days



30 - Chuck Berry - Route 66



31 - Bill Haley - Rocking Chair On The Moon



32 - Bill Haley - Shake, Rattle and Roll



33 – Pìnk Foyd - Money



34 - Pink Floyd - Comfortably Numb



35 - Iron Maiden - Fear Of The Dark



36 - Iron Maiden - The Trooper



37 - Iron Maiden - Run To The Hills



38 - Iron Maiden - The Number Of The Beast



39 - AC/DC - You Shook Me All Night Long



40 - AC/DC - Back In Black



41 - AC/DC - Jailbreak



42 - AC/DC - Highway to Hell



43 - John Lee Hooker & ZZ Top - Boom boom



44 - Metallica - Whiskey In The Jar



45 - Metallica - Fuel



46 - System Of A Down - B.Y.O.B.



47 - System Of A Down - Aerials



48 - The Rolling Stones - Start Me Up



49 - Rolling Stones – It’s only rock ‘n roll but I like it



50 - Rolling Stones – She’s so cold



51 - The Beatles - Help



52 - Beatles - Ticket to Ride



53 - Paul McCartney - Drive My Car



54 - Ozzy Osbourne - Perry Mason



55 - Ozzy Osbourne - Crazy Train



56 - Black Sabbath - Never Say Die



57 - Black Sabbath - Children Of The Grave



58 - Kiss - Detroit Rock City



59 - Kiss - Roll All Nite



60 - Kicking Harold - Gasoline



61 - The Smashing Pumpkins - 1979



62 - Dire Straits - Sultans Of Swing



63 - The Ramones - Blitzkrieg Bop



64 - Janis Joplin- Piece of my heart



65 - George Thorogood - Bad To The Bone



Essa lista também está disponível nos aplicativos Deezer e Spotify!


CB

Alta Roda com Fernando Calmon

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LÍDERES DO SEMESTRE

As estreias de novos produtos levaram ao aumento da competição nas vendas do primeiro semestre. Onix manteve a liderança absoluta (mesmo sem a ajuda do Prisma). Corolla ampliou sua vantagem, pelo menos enquanto os novos Cruze e Civic não começarem a chegar às lojas no segundo semestre. Briga entre os SUVs compactos continua acirrada, mas o HR-V defendeu bem a posição.
Embora o mercado tenha caído 25% em relação a 2015, na amostragem dessa estatística, alguns segmentos sofreram mais.
Crossovers, médios-grandes e stations são exemplos. Já a chegada da Fiat Toro (que carrega até uma tonelada) sacudiu as picapes médias. Além de desafiar a nova líder Hilux, ajudou a manter as vendas do segmento estáveis. Já os SUVs pequenos tiveram aumento explosivo de vendas de 37% em razão de HR-V e Renegade.
Entre os SUVs médios-grandes e grandes houve revisão de enquadramento em razão de novo critério para distâncias entre-eixos (2,80 m é referência de corte, no caso). Os demais segmentos permanecem sem alteração.
A classificação da Coluna soma hatches e sedãs da mesma família, independentemente do nome do modelo. Sedãs com entre-eixos de significativa diferença classificam-se à parte (Grand Siena, Logan, Etios e outros). A base é a do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). São citados apenas os modelos mais representativos e pela importância do segmento. Dados compilados por Paulo Garbossa, da consultoria ADK.
Compacto: Onix/Prisma, 18%; HB20 hatch/sedã, 15%; Ka hatch/sedã, 8,3%; Gol/Voyage, 8,2%; Palio/Fire/Siena, 6%; Fox, 5%; Sandero, 4,9%; up!, 3,7%; Uno, 3,4%; Etios hatch, 3%; Grand Siena, 2,8%; Etios sedã, 2,5%; Cobalt, 2%; Logan, 1,8%; Versa, 1,7%; Fiesta hatch/sedã, 1,68%; March, 1,65%; City, 1,55%; Classic, 1,54%; Clio, 1,51%; Mobi, 1,2%; C3/DS3, 1,1%. Dupla Onix/Prisma aumenta participação.
Médio-compacto: Corolla, 40%; Civic, 11%; Golf/Jetta, 9%; Cruze hatch/sedã, 7%; Focus hatch/sedã, 6%; Sentra, 5%; Fluence, 3,2%; A3 hatch/sedã, 3,1%; C4 Lounge, 2,8%. Corolla continua a acelerar.
Médio-grande: BMW Séries 3/4, 27%; Fusion, 26%; Mercedes Classe C, 24%. Líder por muito pouco.
Grande: Mercedes Classe E/CLS, 37%; BMW Série 5/6, 25%; Jaguar XF, 15%. Mercedes volta a liderar.
Topo: Mercedes Classe S, 54%; Chrysler 300C, 15%; BMW Série 7, 11%. Classe S reforça posição.
Esporte: Boxster/Cayman, 26%; 911, 23%; BMW Z4, 17%. Porsches dominam.
Station: Weekend, 61%; SpaceFox, 24%; Golf Variant, 10%. Weekend ainda mais à frente.
SUV compacto: HR-V, 32%; Renegade, 27%; EcoSport, 13%. HR-V defende bem sua posição.
SUV médio-compacto: ix35/Tucson, 44%; Outlander, 10%; Sportage, 7%. Liderança folgada.
SUV médio-grande: SW4, 50%; Pajero Full/Dakar, 14%; XC60, 10%. Sem ameaça ao líder.
SUV grande:Trailblazer, 17%; BMW X5/X6, 15%; Range Rover Sport/Vogue, 14%. Boa briga.
Monovolume pequeno: Fit, 46%; Spin, 34%; C3 Aircross, 12%. Fit não perde.
Crossover: ASX, 54%; Range Rover Evoque, 24%; Freemont/Journey, 19%. Liderança inconteste.
Picape pequena: Strada, 49%; Saveiro, 32%; Oroch, 11%. Strada se eterniza.
Picape média: Hilux, 27%; Toro, 25%; S10, 17%. Líder sob forte ameaça.

RODA VIVA

BALANÇO semestral de 2016 das vendas de automóveis e veículos comerciais leves e pesados, feito pela Anfavea, indica que a queda acentuada começa a amenizar. No conjunto da indústria o recuo chegou a 25% em relação ao mesmo período de 2015. Até o final de 2016 a entidade espera que se limite a 19% menos sobre o ano passado ou 2 milhões de unidades. Estoques baixaram de 41 para 39 dias (junho sobre maio).
COMO parte das comemorações dos 40 anos de inauguração de sua fábrica no Brasil, a Fiat anuncia o projeto Futuro das Cidades. A ideia é aprofundar os estudos sobre economia colaborativa, descobrir problemas que ainda possam vir e pesquisar soluções de mobilidade para as cidades brasileiras. Lançará, brevemente, uma plataforma aberta que aceitará sugestões de qualquer fonte.
TOYOTA decidiu impulsionar no Brasil a Lexus, sua marca de luxo. Aposta inicial é no RX 350, um SUV médio-grande que aproveita a mesma arquitetura do Camry. O estilo é audacioso, principalmente a grade dianteira em formato de carretel. Destacam-se conforto de marcha, sistema 4x4 moderno, acabamento de primeira qualidade e central multimídia de 12,3 pol. Preços: R$ 337.350 a 352.950. A marca acredita que terá mais espaço agora para crescer.
TROCAR o motor seis cilindros aspirado por um de quatro cilindros turbo, mantendo configuração boxer, tornou o Porsche Boxster e sua versão S um roadster ainda mais instigante para guiar. Além de menor peso, houve ganho de potência e torque (versão S, agora, com 350 cv e robustos 42,8 kgfm), melhora no desempenho e diminuição de consumo de combustível. Rodas traseiras têm até 10 pol. de largura. Preços entre R$ 368.000 e 466.000.
CORREÇÃO: motor Ford 1 L EcoBoost é importado de Craiova, na Romênia e não de Cracóvia, na Polônia.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

SALVOS DA FOGUEIRA

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Nos anos 60, os bondes do Rio foram desativados e queimados sem dó. Mas um grupo de entusiastas americanos conseguiu salvar alguns exemplares, que rodam nos EUA até hoje
Por Jason Vogel


No depósito da CTC, em Triagem, o funcionário vem com um galão de gasolina, espalha o combustível sobre os bancos de madeira do bonde e risca um fósforo. Em minutos, um inferno de labaredas devora toda a peroba do campo que formava a estrutura do veículo, deixando no chão apenas cinzas e partes metálicas enegrecidas.

A cena brutal, de desperdício ímpar,aconteceu ao longo de 1964 e 1965, os últimos dois anos de Carlos Lacerda como governador da Guanabara. O sistema de bondes do Rio, que já fora considerado pioneiro e um dos maiores do mundo, vinha sendo desativado desde o início daquela década. Antes operada por empresas privadas como a Light, a Cia. FerroCarril do Jardim Botânico e a Ferro-Carril Carioca, a rede passara ao controle do estado. Vistos como um entrave para o trânsito e o progresso, os velhos veículos foram aposentados na marra após seis décadas de serviços prestados. A ordem era substituí-los por uma frota de trolleybus — ônibus elétricos importados da Itália — e, paulatinamente, sepultar seus 635 quilômetros de trilhos sob mantas de asfalto.

Para abrir espaço nas garagens, o coronel Manuel Moreira, da diretoria industrial da CTC (a Companhia de Transporte Coletivos do Estado da Guanabara) encontrou o que dizia ser a “única solução”: queimar os bondes e vender a sucata de metal a peso para a Companhia Siderúrgica Nacional. Cada veículo incinerado rendia, em média, duas toneladas de ferro e 800 quilos de cobre. E assim, pouco a pouco, centenas desses veteranos veículos rodaram para o corredor da
morte, alguns por seus próprios meios.

OPERAÇÃO RESGATE

Ao saber do massacre, um grupo de americanos entusiastas dos transportes sobre trilhos decidiu que algo deveria ser feito. Nos Estados Unidos, os arejados modelos com laterais abertas (chamados por lá de “Narragansett”, “breezers” ou “summer cars”) eram considerados relíquias que precisavam ser preservadas. Esses bondes, que ainda rodavam pelo Rio na década de 1960, tinha parte mecânica e elétrica de origem americana, fabricada por empresas como a J. G. Brill nos anos 1910 e 1920. Apenas suas “carrocerias”, digamos, eram feitas aqui, pelas próprias empresas que operavam os veículos.


Comandada por Paul Class e Louis J. G. Buehler, a missão da Associação dos Museus de Carris dos Estados Unidos chegou à cidade para resgatar o que fosse possível. Por módicos US$ 1.200 (o equivalente a US$ 9.100 nos dias de hoje), conseguiu comprar da CTC 12 bondes selecionados a dedo por sua variedade e raridade. Aos poucos, os veículos foram levados de navio para os EUA, onde alguns deles rodam até hoje em passeios promovidos por museus.

Esses “exilados” são os únicos dos antigos bondes do Rio que sobreviveram ao fogo (não incluindo os modelos de Santa Teresa, bem menores e com bitola mais estreita que os bondes do resto da cidade). De resto, o governo da Guanabara não se interessou em guardar sequer um exemplar para as futuras gerações.


“Resumo da história: quem quiser ver como era um bonde da Light tem de ir aos EUA”, sugere o pesquisador Helio Ribeiro, no site Bondes do Rio.

Soa como ironia nesses tempos em que o bonde — agora com o prolixo nome de “veículo leve sobre trilhos” — é visto como solução limpa e moderna para a mobilidade no centro da cidade.

LINHA CATUMBI-PENSILVÂNIA

— Nossos dois “Narragansett” cariocas estão em uso e continuarão operando por muito tempo — afirma Terry McWilliams, diretor da Midwest Electric Railway, em Mount Pleasant, Iowa.

Lá, os carros rodam por um circuito turístico com seis estações. Recentemente, o bonde número 1779 voltou a ser pintado no mesmo verde-escuro dos tempos em que circulava no Rio.

Não falta imaginação para manter os velhos veículos em ação. O bonde 441, que já levou passageiros pelo Catumbi e pela Ilha do Governador, hoje cruza as ruas de Middletown, Pensilvânia, atrelado a um gerador a diesel. Foi a solução que o Middletown & Hummelstown Museum encontrou para promover passeios esporádicos (o próximo será em 29 de julho) em uma cidade sem rede aérea de energia elétrica.


Desde que desembarcaram nos EUA, em 1965, alguns dos bondes cariocas já pararam em vários “pontos”. É o caso do carro número 1758, que esteve em três museus da Flórida até chegar a seu atual lar, na cidade de Washington, na Pensilvânia. 

— Este bonde veio para cá em 2006 e investimos 10 mil horas de trabalho voluntário em sua restauração. Ficou pronto em 2011, ano de seu centésimo aniversário e, desde então, é um dos carros preferidos pelos visitantes em dias de calor — conta Scott Becker, diretor executivo do Pennsylvania Trolley Museum.

ORIGINAL ATÉ NO CHEIRO

Outro bonde carioca, também pintado de amarelo, é o 1875. Até 2014, esse exemplar era figura fácil nos trilhos de Rockhill (também na Pensilvânia). Impecavelmente conservado, o veículo espera novas rodas, rolamentos e outros componentes do truque e do motor, que, após um século de uso, chegaram ao limite de desgaste.


— Isso nos custará alguns milhares de dólares e estamos em busca de um patrocinador — diz Matthew Nawn, um dos diretores do museu Railways to Yesterday.

Imagine o que é chegar a East Windsor, uma cidadezinha de 12 mil habitantes no estado de Connecticut, e deparar-se com um bonde verde-escuro da Light a exibir o destino “Rio de Janeiro” em seu letreiro. Trata-se do carro 1850, exemplar que conserva o maior grau de originalidade entre os que foram salvos pelos americanos.

— Até pouco tempo, ele tinha um forte cheiro de café, resquício do navio que o trouxe para os Estados Unidos — diverte-se Aiden Nies, do Connecticut Trolley Museum.

Apesar de estar em condição de funcionamento, o 1850 descansa fora de serviço, à espera de uma restauração estética. O mesmo museu é dono do carro 1887, que hoje serve como doador de peças ao “irmão”.


Já o 1794, que em seus bons tempos rodou pelo Alto da Boa Vista, hoje pertence à MATA, a companhia de trânsito de Memphis, Tennessee. Foi extensamente modificado ao longo dos anos, e hoje é um bonde fechado. Rodava pela principal linha da cidade até ser guardado, em junho do ano passado, quando o sistema foi suspenso por falta de segurança. Promete-se que, em breve, a rede atenderá aos requisitos para voltar a funcionar.

DECADÊNCIA E RENASCIMENTO

Um dos maiores conhecedores da história dos nossos bondes é o americano Allen Morrison, que, em 1989, publicou o livro “The tramways of Brazil”. 

Para ele, as décadas de 1920 e 1930 foram as melhores fases dos bondes no Rio. Aí, para evitar inflação, o governo impediu que a Light aumentasse as passagens, levando à decadência do sistema a partir dos anos 40.

— Nos EUA, a General Motors comprou as redes de bondes e os substituiu por seus próprios ônibus. No Brasil do pós-guerra, fábricas estrangeiras vendiam barato seus ônibus — lembra Morrison. — A ideia de combater a poluição sequer existia, e acabaram com um sistema de transporte emissão-zero. Quando o mundo percebeu o que tinha feito, era tarde demais. 

O autor está entusiasmado com o novo VLT Carioca.

— Acho que os brasileiros não têm ideia do raro que é, hoje, pôr novos trilhos de bonde nas principais ruas do centro. É realmente incrível, revolucionário e muito corajoso. Esse projeto merece atenção internacional. 

Pequim-Paris 2016: sem aposentadoria por idade

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(Por Jason Vogel - Fotos de Gerard Brown)

Ford Modelo A 1930

Em 1907, tempo em que o automóvel ainda tinha que se afirmar como um meio de transporte confiável, foi disputada a Pequim-Paris, uma das provas de longa duração mais desafiantes da história. Não havia estradas ou postos de gasolina. Com apenas cinco carros inscritos, a corrida original foi vencida pelo enorme Itala de Scipione Borghese, príncipe da Sulmona.

Aston Martin DB6 1966

Tal marco do automobilismo vem sendo revivido, desde 1997, por grupos de apaixonados por carros clássicos, em competições que são uma mescla de rali de regularidade com desafio de resistência.
Os pilotos são amadores (muitas duplas são formadas por marido e mulher ou pai e filho) e fogem ao estereótipo do colecionador com flanela na mão, que só tira a raridade da garagem aos domingos para dar um pulinho no encontro de automóveis antigos mais próximo.

Bentley 4½ Tourer 1926

A sexta edição da prova largou de Pequim no último dia 12 de junho e teve a bandeirada final na Place Vendôme, centro de Paris, no domingo passado. Organizada pelo grupo britânico ERA (Endurance Rally Association), foi apregoada como “a maior aventura motorizada” e “a mais extraordinária jornada possível em um automóvel”. Exagero de retórica? Não. 

Bristol 403 1954

A edição 206 teve nada menos do que 109 carros inscritos — destes, apenas dez não chegaram ao final rodando por seus próprios meios, o que é incrível, dados os caminhos demolidores, a idade da frota (o mais novo era de 1977) e a variedade de marcas.

Morgan plus 4 1960

Vejamos: o exemplar mais antigo na competição foi um centenário American La France, fabricado nos EUA como caminhão de bombeiros, em 1915, e transformado em um titânico Speedster à moda dos anos 20. Imagine quanta gasolina seu motor de 14,5 litros não sorveu ao longo dos 13.695 km do percurso, que cruzou China, Mongólia, Rússia e boa parte da Europa. 

American La France 1917

Também entre os modelos pré-guerra havia sete Bentley, um Rolls Royce Phantom II, um punhado de carreteras feitas a partir de cupês Chevrolet dos anos 30, além de carros de marcas hoje esquecidas, como Rockne (foi uma divisão da Studebaker). Entre tantos veteranos, quem brilhou foram dois Chrysler 75 Roadster, ambos fabricados em 1929: ficaram com o primeiro e o segundo lugar entre os modelos pré-1941. 

Chrysler 75 1929

Dos modelos pós-guerra, os destaques foram os esportivos Datsun 240Z da década de 70 — um deles ficou com a vitória no geral. Entraram ainda oito Volvo (entre Amazon e PV544, que sempre obtêm bons resultados em ralis assim) além de uns tantos Porsche (356, 911) e Mercedes SL. Mas o que dizer de duplas que resolveram atravessar dois continentes, cruzando lamaçais e rios de algumas das áreas menos povoadas do planeta, a bordo de um Morgan ou de um Bristol, por exemplo? Se faltou a adequação para um Pequim-Paris, sobrou o charme.

Datsun 240Z 1973

Cadillac La Salle 1940

Bentley Le Mans 1927

American La France 1917

Chevrolet 210 1957

Bentley Sport Special 1936

Ford Modelo A 1930

Chevrolet Coupe 1939

Karmann Ghia 1966

Porsche 356A 1956

Studebaker Coupe 1940

Ford Super Deluxe 1941

Lancia Lambda 1927

Rolls Royce Phantom II 1933

Porsche 911 1965

Encontro Nacional Omega Clube do Brasil

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Acontece nos dias 23 e 24 de Julho em São Paulo o Encontro Nacional do Omega Clube do Brasil 2016.

Esse ano o evento terá apenas dois dias de duração, devido ao clima olímpico que cerca o país, e no sábado a concentração será no estacionamento do Estádio do Pacaembú. De lá as "barcas" seguirão para
um churrasco (ingressos aqui) na ADC GM de São Bernardo do Campo, onde o 1º Omega produzido no País estará aguardando os participantes. Pra fechar o Encontro, na noite do dia 23, será feito um passeio por São Paulo.


No domingo a programação será toda concentrada no Parque da Mooca e a presença do 001, o 1 Omega produzido no país e doado pela Chevrolet ao Omega Clube do Brasil, está garantida!


Para maiores informações: http://ow.ly/X8Pn302urj7

Atualização: Sugestão de Playlist aqui e aqui.

CB

Alta Roda com Fernando Calmon

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KICKS NA HORA CERTA

A Nissan precisava mesmo de algo diferenciado para dar impulso às vendas no Brasil e diminuir a ociosidade da fábrica de Resende (RJ), até agora restrita ao March e ao Versa. A aposta nos SUVs compactos (em cincos anos o segmento passou de 2% para 10% do mercado), com o lançamento em 5 de agosto próximo do Kicks, veio com o produto certo, na hora certa. A marca tem pressa. Vai importar do México pelo menos 3.000 unidades/mês e o carro estará disponível primeiro aqui. No início de 2017 começa a produção brasileira.

O estilo marcantemente rebuscado de um verdadeiro crossover atrai, de fato, a atenção. A frente mostra uma grade cromada em V, faróis avantajados e “assinatura estilística” em LED (não é DRL). O desenho do teto em leve inclinação e a solução da coluna traseira lembram
o Ranger Rover Evoque, muito bem aceito em todo o mundo. Na tampa traseira uma série de recortes acompanha o contorno das lanternas em forma de bumerangue. Coeficiente de forma aerodinâmica (Cx) de 0,34 está entre os melhores do segmento.

Arquitetura reforçada nos locais certos é a mesma do Versa, mas a distância entre-eixos de 2,61 m (1 cm a mais que o sedã) coincide com a do HR-V. Comprimento igual ao crossover da Honda, largura e altura também muito próximas, não deixam dúvida sobre o adversário-alvo. O interior do Kicks, porém, é mais ousado e moderno. Além da tela multimídia de 7 pol., traz como exclusividade no segmento o quadro de instrumentos totalmente digital com 12 configurações. Na versão de topo SL, única oferecida de início, parte do painel frontal revestida em couro (três cores disponíveis) busca certo refinamento, mas há ainda grandes áreas de plástico duro. O volante ajustável agora não “desaba” mais ao se soltar sua trava.

Entre outros recursos eletrônicos, destaca-se o sistema de visão de 360° por meio de quatro câmeras: traseira, frontal e duas sob os retrovisores externos, sem dispensar o sensor traseiro de obstáculos. O banco traseiro tem ótimo espaço para joelhos e cabeça. Há dois airbags frontais e quatro laterais. Volume do porta-malas, de 432 litros, também é muito bom (apenas 5 litros menos que o do HR-V).

O motor de 1,6 litro da linha March/Versa tem 114 cv (3 cv extras) com etanol ou gasolina e torque de 15,5 kgf.m (0,4 a mais). Taxa de compressão de 10,7:1 poderia ser mais alta. Consumo recebeu nota A do Inmetro: 8,1 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada (etanol); 11,4 km/l e 13,7 km/l, respectivamente, com gasolina. Graças aos 1.142 kg de peso em ordem de marcha, o Kicks se desloca com alguma desenvoltura, mas o desempenho não é um ponto forte.

Seu câmbio CVT apresenta uma característica interessante. Quando o motorista pisa além da metade do curso do acelerador, o sistema simula passagem de marchas de automáticos convencionais. Apesar de trocas virtuais lentas, houve uma evolução em termos de sensações. Os bancos dianteiros oferecem conforto acima da média e o diâmetro de giro, de apenas 10,2 m, facilita as manobras de retorno e de estacionamento. Faz falta o freio de estacionamento eletrônico.

Preço desta versão completa é de R$ 89.990, cerca de 10% mais em conta que o HR-V de topo. A briga promete ser boa.

RODA VIVA

AINDA sem divulgação pela PSA, os motores turbo avançam na linha de médios-compactos. Citroën C4 Lounge, Peugeot 308 e 408, produzidos na Argentina, não são mais importados com motor aspirado de 2 litros. Agora, apenas o 1,6 L turbo THP, mais potente e econômico. Todos de olho na média de consumo de frota do Inovar-Auto, a ser declarada em outubro próximo.

POTENCIAL de confusão ainda maior sobre a obrigatoriedade, incorreta no entender da Coluna, de ligar faróis comuns de dia em rodovias. Alguns modelos novos têm apenas “assinatura” em LED e não faróis DRL que são eficientes e estão “liberados” com a improvisação de sempre. Faróis de xênon, por exemplo, quase não têm utilidade de dia. Legisladores se perderam.

HYUNDAI HB20 de um litro com turbocompressor é um motor flex que, ao utilizar etanol, tem desempenho claramente superior. Uma pena não dispor de injeção direta de combustível, que dispensa assistência de partida com gasolina em dias mais frios. Torque máximo, também por isso um pouco menor, só surge com vigor acima de 2.500 rpm e aí impressiona bem.

PNEUS não param de evoluir, inclusive os de alto desempenho para aros de 17 e 18 pol. como o Pilot Sport 4, da Michelin. Em provas comparativas do instituto alemão TÜV SÜD esse modelo conseguiu distância de frenagem (80 km/h a 20 km/h) até 2 metros inferior em pista molhada e 1 metro menos no seco (100 km/h a 0 km/h) em relação à média de outros desse tipo.

EMBORA limitado às rodovias federais, a segunda edição do Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro é um trabalho de alto nível do fabricante de caminhões Volvo (independente da marca homônima de automóveis). Aponta os trechos mais perigosos, causas dos acidentes e os mais letais, além de tipos de veículos envolvidos.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

Kicks buscando o Ouro entre os Crossovers

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A Nissan introduz agora no Brasil o Nissan Kicks que segue a tradição de crossovers consagrados da marca japonesa, como Qashqai, Murano, X-trail e Juke.

Ele chegará às concessionárias de todo Brasil a partir de 5 de agosto – data da abertura dos Jogos Olímpicos (afinal é o Carro oficial dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos Rio 2016).

Com linhas arrojadas, como a grade "V-Motion" e o teto flutuante, o Nissan Kicks teve o desenvolvimento fundamentado na
performance aerodinâmica, pensando em soluções que minimizam impactos do uso, como ruídos provocados pelo vento, e colaboram para redução do consumo.


Entre os destaques da lista de equipamentos do Nissan Kicks estão a câmera 360º e o Detector de Objetos em Movimento (Moving Object Detection), sistemas que utilizam quatro câmeras integradas para exibir uma visão total do carro e ajudar a alertar sobre perigos que não tenham sido notados.

Na parte dinâmica o Nissan Kicks é recheado com sistemas que elevam o nível de segurança (popularmente conhecidos como duendes verdes) e o conforto. Entre eles, o Controle Dinâmico de Chassi (Chassi Control), que é composto pelos Controle Dinâmico em Curvas (Active Trace Control), Estabilizador Ativo de Carroceria (Active Ride Control) e Controle Dinâmico de Freio Motor (Active Engine Brake), que atuam na suspensão, freios e também na estabilidade.


O interior funcional e com acabamento de alto padrão combina detalhes inovadores feitos especialmente para os consumidores ávidos por tecnologia, com detalhes que destacam a qualidade. O interior mantém a promessa de oferecer o melhor espaço para os passageiros na categoria – mesmo com uma linha de teto que remete a um cupê – assim como uma das maiores capacidades de carga do segmento.

 O design do painel, chamado de Gliding Wing ("asa planadora"), coloca em destaque a tela colorida de 7 polegadas com tecnologia TFT (Thin Film Transistor), cuja posição centralizada oferece uma série de sistemas de informação, entretenimento e conexão para smartphones.


Os bancos apresentam uma armação de última geração com a tecnologia 'gravidade zero', que tem como base tecnologias e pesquisas desenvolvidas pela agência espacial norte americana, a NASA. Com isso, proporcionam melhor sustentação às áreas do tórax e da pelve, aumentando o conforto, reduzindo a fadiga e melhorando a segurança. São três opções de cores para o acabamento de couro: Preto, Macchiato e Sand.


A excelente distância do solo (200 mm) e capacidade de transposição de trechos alagados (450 mm) arrematam o conjunto, fazendo com que o Nissan Kicks enfrente facilmente lombadas, asfaltos em condições precárias e situações de água acima do normal na pista.

Graças em parte à generosa distância entre eixos de 2.610 mm (semelhante ao rival HR-V), o espaço para os joelhos e para a cabeça está entre os melhores da categoria. A cabine oferece muito espaço de armazenagem, como no porta-luvas com tampa, bolsos mais profundos nos painéis das portas e porta-bebidas e objetos no console central. O espaço para bagagem também é bastante generoso – com 432 litros (5l menor que o do HR-V).

O Nissan Kicks é equipado com a segunda geração do motor HR16DE 1.6 de 16 válvulas. A nova versão do propulsor entrega 114 cv de potência máxima a 5.600 rpm e torque máximo de 15,5 kgfm a 4.000 rpm e conta com controle de abertura das válvulas continuamente variável (CVVTCS). Para o mercado brasileiro, esse motor é flex fuel e utiliza o sistema Flex Start System (FSS), que conta com um sistema embutido que aquece o combustível mais rápido no caso de partida a frio, contribuindo para reduzir o consumo de combustível e as emissões. Além disso, o FSS elimina a necessidade de um tanque adicional para armazenar gasolina para ser usada na partida em dias mais frios.


Um novo projeto para o coletor permitiu a redução na altura total do motor e, com isso, a aerodinâmica foi beneficiada graças à linha de capô mais baixa. Como resultado do projeto inteligente do Nissan Kicks, o motor garante baixo consumo de combustível e performance surpreendentes.

As medições do Nissan Kicks de consumo de combustível são as melhores do seu segmento: 8,1 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol e 11,4 km/l e 13,7 km/l com gasolina, respectivamente nos dois tipos de ciclo. Ganhou nota "A" em eficiência energética e emissão de gases dentro do Programa de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro. Também recebeu o selo do CONPET, concedido aos modelos que participam do programa de etiquetagem que atingem grau máximo de eficiência energética.

Com tração dianteira, o trem de força oferece a última versão da transmissão XTRONIC CVT® com "D-Step" e modo Sport, que proporciona baixo consumo e, consequentemente, menores emissões. Ele é mais leve e produz menos atritos na comparação com a geração anterior, utilizado em outros modelos da marca. A redução veio também da diminuição do diâmetro das polias, da adoção de uma bomba de óleo mais compacta, que necessita de baixa viscosidade para lubrificação, e da redução das perdas de lubrificante e de pressão.


Os bons níveis de manobrabilidade e conforto de condução do Nissan Kicks são resultado de uma estrutura de carroceria altamente rígida. As manobras na cidade exigem muito menos esforço em velocidades reduzidas, mas as respostas são rápidas, proporcionando uma condução ágil e divertida. O Nissan Kicks conta com um raio de giro de 10,2 metros que, aliado à leveza da direção com assistência elétrica e à comodidade da câmera 360º, permite estacionar e manobrar o veículo sem esforço. A estabilidade nas retas está entre as melhores na categoria, enquanto que a oscilação da carroceria se mantém estável, apesar da distância do solo maior.

E é graças ao excelente desempenho aerodinâmico do veículo que o nível de ruído no interior da cabine é baixo. Ao mesmo tempo, o desenho permite maior economia de combustível. O Cx de 0,345 foi obtido por meio de uma gestão afinada do fluxo de ar dentro, ao redor e sobre a carroceria.


A Nissan oferece três anos de garantia sem limite de quilometragem, assistência 24h gratuita por dois anos e preços de manutenção periódicas transparentes.

Revisões Kicks
10.000 Km
20.000 Km
30.000 Km
40.000 Km
50.000 Km
60.000 Km
R$ 419,00
R$ 579,00
R$ 419,00
R$ 579,00
R$ 419,00
R$ 579,00
Mão de Obra inclusa nos preços

Outro fator a se destacar é o preço das peças de reposição do novo modelo da Nissan. Após uma intensa análise das principais peças, a Nissan chegou a um resultado diferenciado, oferecendo valores muito competitivos quando comparados com os principais concorrentes. As peças têm preços compatíveis com o mercado e garantem maior comodidade na hora da manutenção do veículo.

Faróis
R$ 585,00
Amortecedor
R$ 219,00
Para choque
R$ 890,00
Disco de freio
R$ 120,00
Lanterna traseira
R$ 225,00
Pastilhas
R$ 199,00


O Nissan Kicks já é um carro bastante completo e exclusivo, mas a Nissan foi ainda além, criando uma para que seus proprietários possam personalizá-lo. É a maior linha de acessórios já preparada para um modelo pela Nissan no Brasil.


E para os que gostam de equipar o carro, o Kicks possui ampla linha de Acessórios Originais que estarão disponíveis em toda a rede de concessionárias já no lançamento do carro o kit de moldura de para-choques, friso de porta, alarme, trava de estepe, calha de chuva, tapete de carpete e o box organizador. Até novembro chegarão novos itens como espoilers frontais, laterais e traseiros, aerofólio para o teto, bem como barras de teto, racks para bicicleta e protetor do cárter. Todos tem um ano de garantia. Eles podem ser financiados junto com o veículo no momento da compra.




De Carro por Aí com Roberto Nasser

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Caro Kicks

Nissan mostrou seu próximo produto, o Kicks. Segue o rito usual no processo: apresentação à imprensa, mídia sem custos; pausa para divulgação entre leitores; após, anúncios pagos e promoções. Até março será importado. Aí, quando iniciar ser produzido na fábrica de Resende, RJ, será o primeiro Nissan atualizado. March e Versa, atualmente lá feitos existiam há tempos. Por atualizado projeto inclui demandas de estilo, habitabilidade, uso de materiais para reduzir peso e aumento da rigidez estrutural, itens de segurança.

Vendas começam com
o início dos Jogos Olímpicos – a Nissan é patrocinadora. Larga com veículos feitos no México – e estreando vendas no Brasil. Depois permeia ao mundo.

Lembrando

Foi exibido como conceito no Salão do Automóvel, S Paulo, 2014 e ali descrito como SAV – Sport Activity Vehicle. Termo, criado pela BMW, descreve veículos com habilidades superiores às de um automóvel, cara de pretensa disposição, entretanto sem tração total. Agora, entretanto, a Nissan mudou, dizendo-o crossover – misto de automóvel e station wagon. Rodar de automóvel, dimensionamento para enfrentar os desníveis e defeitos no piso urbano. Nesta miríade de siglas, fico com o acróstico criado pela Ford para seu projeto Amazon – o EcoSport. A companhia disse-o LUAV – Light Urban Adventure Vehicle – veículo leve para aventuras urbanas. É-me mais descritivo.

Entre um termo e outro, mesclando morfologias, a Nissan se apresenta como criadora dos Crossover, assim tipificando Qashaqui, Muraro, X-Trail e Juke. O Kicks será o primeiro degrau nesta escala.

Por alto

Marca se assina por um V frontal. Coisa inexplicável – adquirentes do March pintam-no de preto e o carro melhora ... Mais, tenta criar caminho próprio e particulizador num tempo de imposição pelos computadores de soluções ideais a todos os fabricantes, daí a similitude de linhas e a falta de personalidade de marcas. O Kicks consegue se diferenciar, com soluções mais rebuscadas ante um dos queridinhos do mercado e concorrente Honda HR-V, em especial pelo teto flutuante criada pelos vidros de grande área. Produto foi tratado como bloco único, daí ligações visuais entre elementos da frente à traseira e o realce pelas rodas em liga leve, aro 17” e para choques pintados em preto fosco.

Mais atual dos produtos à venda no Brasil, além do estilo marcante, porta câmera 360 graus e Detector de Objetos em movimento, por quatro câmeras integradas. O interior tentativamente funcional e terminação em alto padrão intenta oferecer o melhor espaço da categoria, apesar da linha descendente do teto, lembrando o Land Rover Evoque, e a pretensão de sugerir a performance de um cupê. Painel evidencia tela colorida com 18 cm ao centro.

Dinamicamente utiliza o conceito de Mobilidade Inteligente, recursos de engenharia, manufatura e tecnologia focando equilíbrio entre performance e consumo, em paralelo aumento de segurança. Na prática, menor peso, aerodinâmica, motor moderno, 1,6 litro, 114 cv – embora em fim de vida e com substituição programada -, transmissão CVT eletrônica. Agrega adjutórios como o Controle Dinâmico de Chassis; de Curvas; de Freio Motor, influindo na suspensão, freios e estabilidade. Estabilizador Ativo da Carroceria. O foco é proteger quem forma o conteúdo e dar boas sensações ao dirigir. Pacote moderno e atualmente único no segmento no Brasil.

Operacionalmente tem 200 mm de altura livre do solo – idêntica à da Kombi -, e capacidade de transposição de trechos alagados em 45 cm – parece, na fase de adequação ao país mediram algumas pequenas enchentes urbanas.

Em resumo

Atrevido em linhas, marcante, espaço interno bem administrado, bom tamanho urbano – 4,30m, econômico, nível A pelo Inmetro. Ótimo conteúdo de tecnologia e segurança.

Tem peso politico na Nissan – é produzido no México, mas de início apenas vendido no Brasil. Decisão impositiva mostra, a ordem de Carlos Ghosn, presidente mundial de Nissan-Mitsubishi-Renault para a Nissan ter com 5% do mercado é para valer. Hoje mal cisca em 3%. Daí a solução tipo barriga-de-aluguel com o México. Visa disputar com Honda HR-V e Jeep Renegade, líderes, vendendo em torno de respectivos 6 mil e 5 mil unidades mensais. Nissan disse poder dispor de 3 mil exemplares ao mês, volume pouco superior ao obtido por Ford EcoSport e Renault Duster.

Inicialmente versão SL, topo de linha, a R$ 90 mil. Cara. Concorrente assemelhado, o HR-V, como todos os Honda com preço inexplicavelmente elevado, tem dimensões assemelhadas, câmbio para quem não gosta de dirigir, o sistema CVT de polias deslizantes, porém motor maior, 1,8 e 140 cv.

Nissan Kicks. Caro.

O City da Toyota

Fabricante japonesa administra os passos industriais para lançar, em dois anos, modelo intermediário entre o Etios sedã e o Corolla. Quer ocupar o espaço, como faz a Honda com o City, entre o Fit e o Civic. Sem nome definido, pode seguir tendência da marca em aproveitar denominação de outro produto, como faz no Brasil chamando Altis a versão de pico do Corolla. Lá fora é outro automóvel. Nesta lógica o produto pode se chamar Yaris.

Produto será baseado na plataforma do Etios sedan, adequada para receber carroceria mais comprida e mais larga, e empregará a arquitetura mecânica liderada por motor 4 cilindros, 1,5, 16V e 103 cv.
Produto assemelhado é o Vios, inspirador de linhas.


Novo  sedã Toyota ficará entre o Etios e o Corolla

Roda-a-Roda

Piração ? - Atualmente os dois automóveis mais potentes em produção nos EUA são o Charger e o Challenger Hellcat, com briosos 707 hp – 717  cv – sobre plataforma já antiga, exigindo muita engenharia para torná-los dirigíveis.

Mais - Notícia mais recente, próxima geração terá plataforma do Alfa Giulia, recém desenvolvida e com tração traseira, motor V6, 3,0 e 512 cv. A FCA quer internacionalizá-la. Pela qualidade dinâmica novos Dodge terão potência elevada – uns dizem 750 hp – 760 cv -, outros 777. E tração total.

Negócio – Ferrari anunciou a acionistas bons números de atividade paralela, parques temáticos. Tem operação em Maranello e Abu-Dhabi; constrói em Barcelona; fez sociedade para implantar na China. Será negócio de franchise.

Caminho – Na trilha para atender às imposições legais de redução de consumo e emissões, fabricantes usam metais mais leves, ligas, e a Ford lidera caminho ao aplicar alumínio militar em seu produto mais vendido, o picape F150.

Mais – Jeep prepara nova geração do Wrangler com mesma fórmula, e GM adotará processo no seu topo de linha, o Cadillac CT6, seu primeiro a mesclar materiais. Será produzido nos EUA e na China. Plataforma com quase 2/3 em alumínio reduz peso em 100 kg. Fornecedor é canadense Novellis, líder mundial em laminação e reciclagem de alumínio.

Alemão – Audi R8 Spyder V10 teve pré venda iniciada na Europa e aqui chegará até o final do ano. 5,2 litros, atmosférico, faz 540 cv e 55 m.kgf de torque. Acelera aos 100 km/h em 3,6s e atinge acima de 310 km/h.

Especial - Construção quase artesanal, plataforma mescla alumínio, e plástico reforçado com fibra de carbono; câmbio S-Tronic de duas embreagens, 7 marchas, tração nas 4 rodas. Tens R$ 1 milhão ? É o preço projetado.

Motores – Expansão de mercado a veículos de grife, performance e preço induziu Porsche aplicar US$ 88M em nova fábrica de motores em Zuffenhausen, Alemanha. Apta a 200 unidades/dia faz V8 4,0, twin turbo, 550 hp. Também 4,0 diesel, 422 cv, para si e para o Audi SQ7.

Situação – Dentro da atual quadra econômica de contração de mercado, solução para chamar atenções do consumidor é fazer séries especiais – veículos com agregações de equipamentos e acessórios. Da Hyundai, Ocean nos HB 20.

O que – Em 6.000 unidades, câmera de ré; grade frontal lembrando os Lexus; rodas diamantadas, bancos em couro. Trato vale para Hatch 1,0 e 1,6, e sedã 1,6. De quase R$ 50 mil a quase R$ 65 mil. Hyundai é marca coreana, mas produtos parecem japoneses da marca Takaro...

Prêmio – Desenho do picape Toro mereceu premiação internacional pelo Red Dot Design Award, um dos mais abrangentes e referenciais na especialidade. Recebeu-o pela equipe Peter Fassbender, diretor de design da FCA América Latina. Conformação estética, grupo óptico frontal, parecença com automóveis e porta traseira bi partida calçaram as diferenciações para a láurea.

Recorde – Paganani Logística empresa goiana com 16 caminhões de potência acima de 350 cv adotou filtros Fleetgard/Cummins. Surpreendeu-se obtendo 80 mil km de vida útil ante previsão do fabricante de máximos 60 mil km. Período esticado não é desídia confortável. Indicação de saturação por visor.

Atrás – O Pebble Beach Concours d’Élegance, visto como pico dos eventos de automóveis antigos, ampliou agenda: terá encontro, palestras e debates com pilotos famosos. No caso, os condutores dos míticos Ford GT 40.

Agenda – PB se ampliou nos últimos anos, incluindo pequeno salão de automóveis; test-drives com lançamentos; feira de automobilia. Mas a presença dos pilotos parece inspirada no feito há tempos pelo Amelia Island Concours d’Élegance, seu concorrente na Flórida.

Oportunidade – À venda espólio do colecionador Célio Ciari, médico em Jundiaí, SP, pioneiro no reunir Brasincas e Uirapurus. Dos raros brasileiros produzidos em circa sete dezenas, há versões conversível e SS. Ocasião única. Brasinca/Uirapuru, junto com os Willys Executivo, são formalmente os únicos Clássicos Brasileiros. O resto é papo. Thiago, 019.999.661.696, zap.

Brasincas/Uirapurus à venda em unidades

Gente – Oswaldo Barros, 82, alfista, passou. OOOO Ícone e referência da em Alfa Romeo, dedicado exclusivamente há décadas, conhecia a teoria da prática. OOOO Assistia, preparava, competia, auxiliava com conhecimento enciclopédico em motores 2000/2150/2300. OOOO Por tudo, grande perda. OOOO Lyle Wallers, 51, novo presidente Ford America do Sul. OOOO Financista, vem para botar ordem e drenar e prejuízo de US$ 3M/dia. OOOO Steven Armstrong, que passou três anos na função, sem se integrar ao país, transferido. OOOO Em dezembro Coluna 4915    antecipou troca.

O mítico Jeep faz 75 anos

Jeep Wrangler decorado com seu antecessor, de 1941.

Dia 14 marcou o início da carreira de um dos mais míticos veículos do mundo, o Jeep. Em 1941, a Willys-Overland recebeu o primeiro pedido do governo dos EUA para produzi-lo, preparando-se para entrar na II Guerra Mundial.

Produto ímpar, projeto de Karl Probst, projetista contratado pela Bantam, pequena fábrica, então fechada, filial de marca inglesa, em apenas 18 horas. Olhou o que havia no mercado, pensou em modificações, reuniu componentes. Segundo passo, construiu-o do zero ao produto final em 44 dias! 

No capítulo, o governo dos EUA preocupou-se com a encomenda à Bantam, então fechada, única a cumprir o edital do Exército, abriu excepcionalidade à Willys e à Ford. Ao final, depurando o projeto, valeu o Willys MB, dividido com a Ford, o GPW. Dentre 637.000 Jeeps, Bantam BRC construiu imaginadas 2.000 unidades.

Outros marcos

Jeep criou o primeiro utilitário esportivo, a Rural; idem para o primeiro picape maleável com tração nas 4 rodas. Historicamente veículo definiu o surgimento das indústrias automobilísticas no Brasil e na Argentina; e pai e mãe de assemelhados mundo a fora. Do francês Hotchkiss ao indiano Mahindra e ao japonês Mitsubishi. Integra o acervo do MoMA, museu de arte moderna em Nova Iorque como exemplo de desenho limpo e funcional.

FCA, Fiat Chrysler Automobiles, atual dona da marca, homenageia a data produzindo unidade do seu produto Wrangler, tentando identidade ao mítico antecessor, apondo-lhe itens empregados no uso durante a II Guerra Mundial.


Pintado na cor Olive Drab, rodas em 16 polegadas com desenho lembrando as originais, pneus militares, releitura em retrovisores e estofamento, ganchos no para choque em forma de trilho, emblemas militares. Será utilizado mundialmente para o aniversário e, após, irá ao Museu do Jeep.

Vá para a Luz

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Se você possui carro antigo, ou um novo clássico, e já dirigiu à noite por locais pouco iluminados então deve ter notado que a idade dos faróis versus o poder de iluminação das lâmpadas originais não trazem um resultado favorável para o motorista.

Para minimizar o efeito candeeiro surgem diversas fórmulas, e adaptações, que geram algumas dores de cabeça: são irregulares perante o nosso código de trânsito e cegam o motorista que vem no sentido oposto. Então como sair da penumbra e encontrar a luz?


Existem duas soluções. Uma delas já foi testada e aprovada pela MaharPress e você encontra a avaliação aqui. A outra solução está sendo bastante comentada nas redes sociais e aumenta a competitividade no mercado de iluminação automotiva: são as CrystalVision ultra da Philips.

Elas melhoram a iluminação original do carro, tem temperatura semelhante às do Xenon, com 4300K, e ainda oferecem um par de lâmpadas para que as lanternas fiquem com a iluminação semelhante à dos faróis.


As CrystalVision ultra estão disponíveis nos formatos H1, H3, H4, H7, H11, HB3 e HB4, podendo ser utilizadas nos faróis baixo (que agora precisam ficar acesos durante o dia nas estradas), alto e neblinas.


CB

Lince 4100

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No Recife surgiu um carro de sabor muito especial

As linhas dianteiras são mais rebaixadas que as do Opala
A equipe da Decorauto, liderara por Carlos Alberto Correia, bolou um carro simples e prático, com um funcionamento bastante bom. Para isso o processo básico parte de um Opala cupê de qualquer ano, que esteja com a estrutura básica em bom estado. Desse carro são aproveitados o assoalho do monobloco, os eixos, os para-lamas internos, a parede de fogo com o para-brisa e as estruturas internas das portas, bem como seus encaixes. Daí pra frente o assoalho é encurtado no entre-eixos em 20 cm e mais 15 cm no porta malas. É feita então uma carroceria externa de fibra após o corte da capota. Esse conjunto substitui a frente, as portas e a mala por superfícies cujo desenho se aproxima de certos estrelados carros alemães, como também dos novos conversíveis Chrysler americanos recentes.
A linha é discreta e evita cair em rebuscamentos inúteis, produzindo um veículo de aparência harmoniosa. A alguns parece que o Lince tem pouca massa visual na traseira, o que influi na distribuição de peso e mesmo no seu total, como veremos mais adiante.

O interior é original do Opala, com exceção de um visor acima dos aeradores centrais do painel, que lembra o motorista para checar o funcionamento de vários sistemas e condições do veículo antes de partir. A verdade é que essa instalação muda o suficiente o painel para que ele pareça diferente do original. Também contribui para esse efeito o uso de materiais e tecidos diferentes no interior, criando um clima aconchegante mas preservando o espaço interno do Opala, com a subtração do banco traseiro. Ali fica um vão entre os bancos e o alojamento da capota conversível.

A traseira do Lince é encurtada 15 centímetros
Essa capota merece aplausos de pé! Nossa experiência com carros conversíveis ensinou que nem sempre é fácil e rápido levantar a capota de vários carros. Mesmo em veículos de fábricas famosas são necessárias duas pessoas com disposição para fechar a capota. E o pior é que fechar é modo de dizer, já que a chuva muitas vezes é das coisas da vida em um carro desses.

A capota do Lince dá de pau em criações muito mais caras e sofisticadas feitas aqui. Para fechá-la é bastante pegá-la com a mão direita e puxá-la até que encoste no pára-brisa. Há uma ordem para fechar os trincos de segurança, mas não há dificuldade alguma mesmo para pessoas de menor porte físico. E fechada a capota você realmente está abrigado. Mesmo num carro com dois anos de uso, pegamos uma chuva forte e o deixamos estacionado; a única água que entrou foi ao abri-lo na volta. Totalmente estanque. É realmente de pasmar, pois capota é coisa difícil de fazer.

Essa mesma engenhosidade permeia todo o carro. Por exemplo: o uso de quase todo o Opala permite que só haja a árvore de transmissão encurtada fora da especificação original. Isso torna possível obter assistência GM em qualquer lugar. Para manter o monobloco mais rígido possível foi aproveitada toda a estrutura da parede de fogo e do pára-brisas, que também é de linha. As lanternas traseiras são de Corcel II e os faróis de Passat, não criando dificuldades de substituição. Só as rodas é que são um design exclusivo da Decorauto, sendo por ela fornecidas.

O painel do Lince com o check control e o volante especial

ANDANDO COM O BICHO


O Lince que analisamos era um automático 250-S a gasolina com cerca de 35.000 quilômetros, já que o Carlinhos queria que soubéssemos como o carro dele sobrevive ao tempo. E concordamos: o conversível vermelho estava bastante bonito por fora. A pedido nosso, levantou-se a roda dianteira direita do chão e ambas as portas se abriram e fecharam sem problemas, graças às estruturas de reforço do assoalho colocadas pela fábrica.

O acabamento é bom, não havendo folgas irregulares entre as portas, para-lamas e tampas. Desnecessário aqui uma análise ergonômica, pois bancos, pedais, câmbio e volante são idênticos aos dos Opala e, se você cabe em um, caberá do mesmo jeito em outro. O mesmo se aplica quanto à visão para fora.

Agora o feeling, o sabor do carro, é outra praia. O Lince tem um gosto agridoce e excitante que definitivamente o Opala não tem, mesmo respeitadas todas suas qualidades, que não são poucas.

A capota erguida; a parte virada para cima é de fibra e rígida
Começa até pelo som do motor que se percebe dentro do carro. A fibra de vidro tem qualidades acústicas diferentes do aço e o barulhinho de máquina de costura do Opala aqui vira um rosnado amordaçado bastante estimulante. Os duzentos e quarenta quilos a menos que o Opala são a razão do Lince largar a imobilidade com a disposição que ele demonstra. Todo Opala automático, mesmo o 250-S, custa um pouco a sair da imobilidade quando acelerado. O Lince não: numa competição hipotética com um Opala idêntico, de zero a trinta por hora, achamos que o Lince seja talvez 20% mais rápido.

Pensando como esse peso a menos iria influir no carro fomos até o centro do Recife, onde, no paralelepípedos e calçamentos irregulares, não houve gemidos, chiados e barulhos. Então já ambientador com o Lince e seu acelerador de pulo instantâneo, descobrimos que mesmo com a nova geometria de direção hidráulica GM, que limita o jogo ou aumenta o diâmetro de giro, o entre-eixos menor do Lince melhora muito a sua maneabilidade, dando-lhe uma nítida esportividade de comandos.

A frente do carro, bastante agressiva, com faróis do Passat
O ponto crucial de todo conversível é a estabilidade e/ou aderência. A ausência da capota, como que fechando o monobloco, faz com que as extremidades do veículo tendam a se mover em movimentos de flexão longitudinal ao carro. Esse fenômeno estará presente em qualquer carro aberto, mas será menor em veículos com chassi separado, como jipe Engesa, e mais forte em monoblocos, principalmente os fechados com capota. Para amenizar o efeito dessa torção procura-se reforçar o assoalho do carro com tubos soldados, a fim de, principalmente, manter constantes a atitude e o contato das rodas com o chão. Do Lince podemos dizer que existem vibrações, principalmente causadas por falhas no asfalto apanhadas em velocidade.

Nesses impactos pequenos e bruscos o monobloco flete ligeiramente junto com o trabalho de suspensão. Já os impactos de baixa frequência são enfrentados com pulso firme e sem hesitações. O Lince é estável em velocidade. Pudemos comprovar isto na estrada costeira que leva ao local das fotos, a fazenda da Gavoa, onde há um hotel de cinema. Nessa estrada de pista dupla, asfalto quase sempre liso e sem tráfego, asfalto quase sempre liso e sem tráfego, exigimos forte do Lince e ele devorou sem problemas as curvas de alta, mantendo atitude estável e denotando bom trabalho da fábrica nas suspensões. As curvas de média e baixa são cumpridas como num Opala bem acertado e firme no chão. Infelizmente não é possível fazer milagres com o pesado eixo traseiro GM e, se houver costelas nas curvas, ele vai soltar, ainda que bem menos que o Opala, graças à sua traseira mais leve.

Essa mesma traseira mais leve deixou certas dúvidas quanto ao controle em frenagem máxima. Imaginamos travadas autológicas de traseira e , perguntado, Carlinhos explicou que sendo mais leve, o Lince não precisa de freio tão potente quanto o do Opala, dando oportunidade a reduzir o tamanho das lonas traseiras para manter o balanço original e mantendo os discos originais. Tivemos oportunidades de plantar o pé no freio em um trecho deserto e, realmente, o Lince freia tão bem ou melhor que o Opala. O ponto de travagem é fácil de controlar e quem trava são as rodas dianteiras no final, mantendo, no seco, a estabilidade direcional perfeita, sem rabeadas inoportunas.

Com a capota fechada o estilo não chega a ser comprometido
No piso molhado é bom manter um certo respeito, como todo carro rápido merece. Desde que não seja ultrapassado o limite de aderência dos bons P.44 que equipavam o carro que usamos, tudo vai tranquilo. Até para frear o controle é mantido.

Em suma, o Lince é um carro bonito, confortável, espaçoso e, principalmente para nós, aficcionados, nitidamente rápido e controlável.

Tendemos a não acreditar em pequenos fabricantes "melhorando" os produtos superestudados das grandes montadoras. Esse conceito foi contradito pelo engenho e arte de Carlinhos é da Decorauto. Eles fizeram um carro gostoso de dirigir, rápido, sentido o vento fluir na pele e o último contato com a Natureza, na certeza de ser senhor e mestre de uma montaria da melhor qualidade.

O Lince é produzido sob encomenda, ao preço de Cz$ 140.000,00 a transformação. Para maiores informações, a Decorauto fica na avenida Antônio de Góis, 604, telefones (081) 326-8483 e 326-1503, Recife, Pernambuco.

Salão do Automóvel de São Paulo 2016

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Dia 10 de novembro as portas do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo serão abertas no São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes) e já saiu a lista com as principais montadoras que levarão novidades para o mercado nacional e a chance para os visitantes verem vários carros dos sonhos de perto.



Na lista de sonho de consumo temos o 718 Cayman, um novo Panamera, o F-Pace - primeiro utilitário da Jaguar - e o GT-R, da Nissan, que será vendido no Brasil por um pouco mais de R$ 1 milhão. Confira as 30 marcas confirmadas:

Audi
BMW
Chery
Chrysler
Citröen
Dodge
FIAT
Ford
Chevrolet
Honda
Hyundai
Jaguar
Jeep
Kia
Land Rover
Lexus
Lifan
Mercedes-Benz
MINI
Mitsubishi
Nissan
Peugeot
Porsche
RAM
Renault
Subaru
Suzuki
Toyota
Troller
Volkswagen

O Salão do Automóvel ainda oferece a possibilidade do visitante efetuar test drives em vários carros. Entre as marcas que já confirmaram a participação nos test drives estão Chevrolet, Jaguar, Land Rover, Peugeot, Volkswagen e Nissan.

O moderno espaço do São Paulo Expo apresentará em 90 mil m² as principais marcas e modelos do universo automotivo, sem falar nas 4.500 vagas cobertas de estacionamento e pavilhão totalmente climatizado.

Venda de ingressos

Os ingressos estão disponíveis no site oficial ou no Facebook. A organizadora oferece também ações especiais para os fãs do Salão na rede social, que a partir de agora terão acesso a descontos e promoções exclusivas. Basta curtir a página para ter acesso a um código promocional que dará direito a 10% de desconto na compra de ingressos antecipados.

O Salão Internacional do Automóvel de São Paulo é organizado e promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, com apoio da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores.

Salão Internacional do Automóvel de São Paulo 2016

Data: De 10 a 20 de novembro
Local: São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes)
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 (850 m da estação Jabaquara do metrô)
www.salaodoautomovel.com.br

Preços: 
Primeiro dia, 10/11 - R$ 40
Outros dias da semana - R$ 70
Sábado, domingo, feriados e segunda-feira 14/11 - R$ 95
Último domingo, 20/11 - R$ 70
Meia entrada para estudantes

De Carro por Aí com Roberto Nasser

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Honda Civic, nova geração

Honda fez redesenho geral do Civic marcando sua décima edição. Esticou, alargou, baixou o teto do automóvel, aumentou distância entre eixos, e amarrou tudo com linha mais fluidas, juntando teto à extremidade do ampliado porta malas. Cuidado especial no afinar colunas frontais. Segue  tendência mundial de sedãs acupezados.

Levou o redesenho para a parte comercial por versões bem caracterizadas, em vez do caminho comum de partir da básica, mudar letrinhas e crescer preços pela sobreposição de equipamentos, criou veículo adequado a cada um dos públicos visados. Em tal desenvolvimento há opção do motor 2,0, 155 cv, 19,5 m-kgf de torque até agora da versão topo de linha, e com a décima geração moverá as versões de menor preço. Topo da escala, com nome a sugerir station wagon, perua, a Touring, única a ser movida por novo motor 1,5, injeção direta, variador de abertura nas válvulas e turbo. Produz 173 cv e torque de 22,4 m-kgf entre 1.700 e 5.000 rpm. Transmissões variadas. Na Sport opção de mecânica com 6 velocidades. Padrão é automática por CVT com 7 marchas virtuais.

Não é adaptação, mas novo ciclo com novo produto. Na parte rolante, multi braços na suspensão traseira, freio de estacionamento eletrônico, direção elétrica com 2,2 voltas batente/batente, freios com discos aumentados – nos dianteiros anunciados 360 mm, buchas hidráulicas para suspensão. Melhoram a rolagem e a absorção de vibrações, sendo equipamento de carros de maior tamanho. Deve puxar a fila dentre os concorrentes. Carroceria por chapas desenvolvidas para entregar mais resistência com menor peso, cuidado na vedação termo acústica bem isolando ocupantes do meio ambiente. Portas, por exemplo, usam três borrachas para vedar.

Porta malas com 525 litros de capacidade, mantendo as dobradiças ditas pescoço de ganso, baratas de fazer, mas gatunas da área útil.

Mantas termo acústicas para isolar calor e ruídos. Em comportamento segue o atual caminho das demandas, com mais precisão nas reações. A usuários, mais espaço para acomodação, conforto por revestimentos, isolamento e, como foco particular, cuidado na escolha dos materiais internos, agradáveis ao toque, e em encaixes bem ajustados. Diz, o conceito aplicado é Máximo para o Homem, Mínimo para a Máquina. Na prática elevou o produto.

Versões

Inédita, Sport disfarça simplificação por decoração, marcada visualmente pela barra central da grade frontal pintada em preto piano para combinar com rodas leves em pintura escurecida. Bancos em tecido e opção de gosto esportivo, transmissão mecânica com seis velocidades.

EX e EXL são as mais caretas, a público idem, usuário das correspondentes às versões da nova geração. São bem completas, incluindo estofamento em couro, rodas em liga leve, espelhos retrovisores externos rebatíveis eletricamente; velocímetro digital, áudio em tela de 12,5 cm.

EXL acresce ar-condicionado automático de duas zonas; multimídia em tela de 17,5 cm, comandada por toque; navegador e interface para smartphone. Painel de instrumentos com tela de TFT de alta definição, inédito na categoria.

Touring é o topo – e com enorme distância em preço para a versão Sport, R$ 37 mil, 42%. Vem com o novo motor de produção norte americana, 1,5 turbo, não flex. Vem com equipamento do Accord, dito LaneWatch, câmeras sob o espelho retrovisor direito, mostrando as faixas laterais, para facilitar mudança de faixa. Confortos eletrônicos usuais – sensores de estacionamento, de chuva, teto solar, botão de partida no carro ou na chave. Muitos etccc.

Quanto custam

Versão                  R$

Sport Manual       87.900
Sport CVT           94.900
EX CVT              98.400
EXL CVT           105.900
Touring              124.900

Preços saltaram ante 9ª geração, talvez por entusiasmo com as novidades, permitindo maior flexibilidade tão logo haja queda nas vendas tocadas iniciais.

Novo Civic, 10ª geração, destaca-se entre os concorrentes

Roda-a- Roda

Negócio– Novos tempos comerciais no Irã provocam correria de fabricantes a explorar seu mercado. PSA, francesa das marcas Peugeot, DS e Citroën, reativou acerto antigo. Agora meio a meio com a ex sócia Saipa. E$ 300M em investimento para atualizar produtos e desenvolvimento. Fará Citroën em 2018.

Saída– A decisão pelo Brexit, saída da Inglaterra da União Europeia, colhe resultado impensado: diretor financeiro da GM avisou a analistas completa revisão das operações da marca no país, sem afastar possibilidade de deixá-lo.

Razão - Sair da UE significa pagar mais impostos, aumentar preço final dos veículos – perder competitividade. Neste ano cre-se, mercado doméstico inglês se reduzirá 10%.

Acordo– Juiz norte-americano aprovou proposta da Volkswagen em indenizar em US$ 15B danos causados pelos automóveis com motores diesel emitindo poluentes acima do limite legal. Valor não encerra a questão.

Mais– Falta definir verba para indenizar compradores e adquirir automóveis de donos desinteressados em tê-los. Cobre apenas sedãs com motor diesel 2.0, sem entrar no caso dos 3.0. E indenizar os revendedores.

Plus– Representante de empresas alemãs focadas em melhorar o rendimento de veículos de série, a nacional Strasse passou a distribuir Porsches/Gembala. Já vende Mercedes/Brabus e VW/Oettinger. Média de 1/veículo mês.

Jaguar– Jaguar apresenta seu sedã de entrada, o XE 2017. Mudanças visuais, novas cores azul, prata e preto, democratização do sistema de tração dependendo do piso; assistente do rolagem com sensor de fadiga. Versões L4, 2,0 turbo, 240 cv e V6, 3,0 com supercharger, 340 cv. Motores Ford, ex dona – e saneadora - da marca.

Tapa– GM fez pequenos acertos em Onix e Prisma, tentando identificação visual com o novo Cruze. Mudanças estéticas na grade, incorporação de luzes em LEDs e lanternas traseiras. Internamente central multi media MyLink2 com função espelhamento. Versão aventureira no Onix, a Activ.

Ajustes– Mecânica mantém os motores 1,0 e 1,4, antigos, muito antigos – derivados do Monza ..., e há transmissões mecânica e automática, com seis marchas. Direção agora elétrica e redução de peso na carroceria. GM se ultima para obedecer às regras do programa oficial Inovar-Auto.

Investimento– Atraída pela desvalorização e pouca liquidez, Kivi, fabricante italiana de mecanismos de adaptação para condução por pessoas com necessidades especiais, abriu primeira filial mundial. Em Belo Horizonte.

Italianidades– Tem acordo de exclusividade com Fiat/FCA. Trabalho da Kivi, além da consultoria a clientes, do fornecimento de componentes, adentra nas modificações nos veículos para, por exemplo, receber uma cadeira de rodas.

Esperança– Marco Saltini, diretor da MAN, otimista com o mercado. Disse em simpósio de Auto Data haver mudança de humor e expectativas de melhores resultados de vendas no segundo semestre.

Tecnologia– Criação de fogão a energia solar traz dado surpreendente aos moradores das grandes cidades: 23 milhões de pessoas usam fogão a lenha no Brasil – e sua poluição é letal a sensível percentual de usuários.

Produto– Pelo professor Johnson Pontes, o fogão solar separa coletor e unidade de cocção, e o fluido de trabalho, água ou óleo, é aquecido pela luz solar e transferido por convecção – o fenômeno termo sifão. Mais vantagem, permite cozinhar dentro de casa, diferentemente do fogão a lenha.

Reposição– Dayco, fabricante, coloca no mercado de reposição correia sincronizadora para Amarok. Junto, tensor com rolamento, e empresa explica do desencontro na durabilidade de um e outro, daí indicar a troca do conjunto. No embalo, kits de bomba d’água para GMs e Fiats.

Exportação– Gaúcha Marcopolo mandará a operadora na Bolívia, seis ônibus modelo Paradiso Double Decker – dois andares. Voltado a turistas, 31 poltronas leito na parte superior, 12 na parte de baixo, luzes de leitura, amplificadores de áudio individuais, sanitários. País andino tem crescente demanda pelos DD.

Indo atrás– Ducati, italiana fabricante de motos, controlada pela Audi, faz périplo pelo país – Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Campinas, Curitiba, Santos e S. Paulo. Apresentar e pré vender seus modelos XDiavel e XDiavel S. Início na Capital Federal marcado pelo título de Motocicleta Oficial do Capital Moto Week, 3º. maior encontro mundial de motos.

Fala grosso– História de 90 anos sempre performática e identificada pelo motor com comando desmodrômico de válvulas, mecanismo que as eleva e abaixa, evitando flutuação. No caso, cilindrada aumentada no motor L2, 1262 cm3, 156 cv, a 9.500 rpm e torque de automóvel do segmento B – 13,5 m.kgf a 4.000 rpm, ligada a transmissão de seis marchas.

Conjunto– Alongada, compacta, materiais leves, muita eletrônica, controla motor, transmissão, freios, modo de conduzir. Pela “Mais Bela Moto” eleita no Salão Internacional de Milão 2015, pede: X Diavel, R$ 74.900; X Diavel S, R$ 85.900. Diavel é como se indica o Diabo na região de Bolonha, local da fábrica.

Musculosa, imponente, distinta, a Ducati Diavel

História– Dois novos títulos pela Editora Alaúde, dedicada a saúde e automóveis: Monza, por Rogério De Simone e Fábio Pagotto; e Fiat 147, dos mesmo De Simone e homônimo Ferraresi. Em ambos história de marca e produtos, evolução de versões e anos modelo. No Fiat bibliografia curta e omissa. R$ 29,90 cada.

Novos livros da Alaúde

Ecologia– Maior fabricante de veículos no mundo, Toyota abriu lista das empresas do setor firmando acordo de cinco anos com a organização não governamental WWF, igualmente maior da especialidade. Objetivam acelerar a transição do planeta para sustentabilidade e conservação da biodiversidade.

Caminho– Ford desenvolve novo material bioplástico a partir das fibras de agave, família de plantas suculentas conhecida por permitir produção da Tequila, bebida nacional mexicana; gel do Aloe Vera; sisal. Pesquisa em conjunto com a Jose Cuervo, fabricante de tequila, às voltas com enorme sobra de resíduos, aplicada – à falta de melhor destino – em compostagem.

O que– Peças de plástico sem maior responsabilidade, como porta objetos, caixas, e a pretensão de reduzir custos e reduzir uso de petróleo. Com DNA na agricultura Henry Ford pesquisou intensamente o uso de fibras vegetais para substituir peças metálicas e chegou a carroceria completa a partir da soja.

De novo - A II Guerra e sua senilidade encerraram pesquisas, retomadas há poucos anos. Hoje carros Ford aplicam partes construídas por aproveitamento de soja, palha de trigo, celulose, fibra de coco, cascas de arroz e mamona.

Caixa de plástico, primeiro produto Cuervo by Ford

Gente– Fabiano Todeschini, 42, academicamente bem formado, dois MBAs, promoção. OOOO Presidente da Volvo Bus Latin America. OOOOÚnico emprego, era diretor de caminhões e ônibus da marca na Argentina. OOOO João Veloso Jr, jornalista, de volta. OOOO Assumiu gerencia de comunicação da BMW. OOOO Era diretor da área na Nissan. OOOO

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Algo mais que automóveis

Fábrica de automóveis não fabrica apenas automóveis. No caminho da utilidade social, procedem a ações de caráter social, cultural, educacional. Fundação Volkswagen, por exemplo, faz isto há 36 anos.

Nova vertente em seu feixe de programas, sete projetos de Educação e três de desenvolvimento social, o Aprendendo com Arte, fez parceria com o Instituto Arte na Escola, especializado em artes, disseminando conhecimento a professores do ensino básico e, por recente acordo, com a Secretaria de Educação do município paulistano de Carapicuíba.

Programa visa formar 80 educadores para multiplicar conhecimentos em artes visuais, música, teatro, dança a 2.400 alunos de escolas públicas. Raciocínio dos especialistas, o ensino das artes para provocar o potencial criativo dos alunos. Na prática da vida criatividade e inventividade estão entre as capacidades mais valorizadas no mercado de trabalho do século 21.

O Aprendendo com Arte já formou mais de 800 educadores, crendo multiplicar conhecimentos a mais de 24 mil alunos. Durante a formação os educadores fazem levantamento sobre o patrimônio cultural local.

Operação adota duas versões: semipresencial e à distância. Primeira formou, no ano passado, 119 educadores nas cidades de Aracaju (SE) e Cariacica (ES), beneficiando 3.570 alunos.

No curso à distância, ministrado na Plataforma do Letramento (www.plataformadoletramento.org.br), em 2015 formou 186 educadores, beneficiando 5.580 alunos. Neste ano, 520 educadores, de todos os Estados brasileiros.

Bristol quer voar alto novamente

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Por Jason Vogel

Eis que, de repente, a Bristol mostra um novo modelo. Seria algo normal, não fosse o fato de que essa fábrica inglesa não produz um carro sequer desde 2011. Coisas de uma pequena marca de esportivos de luxo que sempre primou pela discrição.

Sua história começa logo após o fim da Segunda Guerra, quando os funcionários da fábrica de aviões Bristol Aeroplane (criadora do caça-bombardeiro Beaufighter, entre outros tantos modelos) já não tinham muito o que fazer.



Decidiram, então, unir-se à Frazer Nash, que fora representante oficial da BMW na Inglaterra antes da guerra. E foi a partir de projetos expropriados da marca alemã (os ingleses levaram até o engenheiro-chefe Fritz Fiedler) que nasceram os primeiros carros Bristol, em 1947. Eram clones britânicos do BMW 327 — e a fábrica ficava em um aeródromo.

Com o passar do tempo, vieram outros modelos, quase sempre cupês de luxo, que permaneciam por décadas em produção. De início, usavam motores Bristol com projeto BMW. Depois, adotaram os enormes V8 da Chrysler.

Quando a empresa pediu concordata e demitiu os funcionários, em março de 2011, já não produzia mais do que 20 automóveis por ano.

O recomeço



Vendida ao grupo Kamkorp, especializado em veículos elétricos, a Bristol Cars teve suas contas saneadas e foi mantida viva de maneira muito discreta: preservou somente uma concessionária, em Londres, passando a se dedicar apenas à manutenção e à restauração de carros da clientela fiel.


Agora, a surpresa: para celebrar os 70 anos da marca, a companhia anunciou que fará artesanalmente uma tiragem limitada de 70 exemplares de um novo modelo, o Bristol Bullet. A produção terá início no ano que vem em Chichester (a 210km da fábrica original, em Filton) e estima-se que cada carro custará £ 250 mil, algo como R$ 1 milhão, pela cotação atual da libra.

O estilo do novo speedster vem diretamente dos modelos 404 e 405 (fabricados entre 1953 e 1958). Estão lá mesma frente comprida, a bocarra “aberta” para o radiador, os faróis redondos e as delicadas barbatanas a ornamentar os para-lamas traseiros.


O para-brisa se resume a um defletor de ar transparente, Capota? Não há... Forrado de couro cor de caramelo, o interior encanta por ser limpo e quase sem botões.


Com carroceria inteiramente feita de fibra de carbono, o Bullet pesa apenas 1.130 quilos. Deve andar uma barbaridade, dado que seu motor é um V8 de 4,8 litros fornecido pela BMW (vejam aí outra volta às raízes).

São 375cv de potência e 51kgfm de torque, o que permite ir de 0 a 100km/h em 4s e chegar à máxima de 250km/h, limitada eletronicamente.


Fruto de um projeto batizado de “Pinnacle” (apogeu), o protótipo fez sua primeira demonstração pública, ainda com camuflagem, no festival da velocidade de Goodwood, no mês passado. Mas nem tudo é tradição: o fabricante já fala em uma futura versão movida a eletricidade.


Nova linha de SUVs Renault no Brasil

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Ontem, 2 de agosto, durante uma visita ao complexo industrial Ayrton Senna, o CEO da Renault, Carlos Ghosn anunciou que a marca vai ampliar sua linha de SUVs no Brasil com a chegada dos modelos Kwid, Captur e Novo Koleos, que irão se unir ao Duster.


“Com este novo planejamento de produto, esperamos conquistar uma parte significativa do crescente segmento de SUVs”, comentou Carlos Ghosn. O CEO também anunciou que o SUV Captur será fabricado no Brasil, na mesma linha que atualmente produz Duster, Sandero, Logan, Duster Oroch e Sandero Stepway, em São José dos Pinhais e que isso irá contribuir para o crescimento da Renault no país.

O Renault Kwid deve ser lançado no início de 2017, assim como o topo de linha Novo Koleos, que será importado. O Renault Captur deve ser comercializado a partir do primeiro semestre de 2017.


Apesar do atual contexto econômico, Ghosn também confirmou que todos os investimentos anunciados para o país estão mantidos. O primeiro ciclo de investimentos (2010-2015), no valor de R$ 1.5 bilhão, foi concluído antecipadamente. Já o segundo ciclo (2014-2019), no valor de R$ 500 milhões, está em andamento, conforme o planejado.



Alta Roda com Fernando Calmon

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SEGMENTO EM EXPANSÃO

Tradicionalmente o mercado brasileiro recebe influência do europeu em particular pela preferência por modelos de menores dimensões. O Brasil, no entanto, seguiu alguns caminhos próprios ao criar dois segmentos. Um deles só existe aqui, até hoje: picapes pequenas com capacidade de carga de até quase 700 kg. A pioneira Fiat 147 surgiu em 1978. Outra “criação” nacional foi o SUV compacto derivado de um hatch convencional, ou seja, com estrutura monobloco. O Ford EcoSport estreou em 2003 e só oito anos depois chegou o rival direto, Renault Duster.

O fenômeno de crescimento dos SUVs de todos os tamanhos se iniciou nos EUA. No ano passado, pela primeira vez, americanos compraram mais utilitários esporte que automóveis. Na Europa,
segundo dados da consultoria Jato referentes a 2015, aquele segmento atingiu 22,5% de participação e, também pela primeira vez, ultrapassou os compactos que ficaram com 22%, embora automóveis continuem a dominar o cenário. O crescimento é firme no mundo todo: passou de 20% de participação em 2010 para quase 28% no ano passado. Inclusive na China, maior mercado mundial, os utilitários avançam.

Aqui, pelo menor poder aquisitivo dos compradores (SUVs são mais caros), o processo segue um ritmo próprio, porém acelerado. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, a soma de todos os utilitários esporte representou 16% das vendas de modelos de passageiros, enquanto o subsegmento de SUVs compactos foi o único a crescer em relação ao mesmo período de 2015.

Uma das marcas que aumentou suas apostas neste ramo é a Renault. Acaba de apresentar a segunda geração do Koleos, fabricado pela Renault Samsung na Coreia do Sul (de onde será importado sem taxas) e na China. Ele se junta ao Captur (compacto baseado no Clio IV) e ao Kadjar (médio-compacto). No lançamento mundial em Paris não anunciou o preço, pois só estará à venda na Europa no começo de 2017. A fábrica o classifica como SUV médio-grande. Entretanto, curiosamente, indicou como rivais diretos modelos menores como Honda CR-V e Toyota RAV4 (VW Tiguan não foi citado). Ao mesmo tempo elegeu outros alvos, Kia Sorento e Hyundai Santa Fe, que são realmente médios-grandes.

A fórmula de maior espaço a preço competitivo graças a uma simplificação construtiva é bem conhecida. O Koleos agrega a isso um visual bem agradável e espaço para joelhos no banco traseiro de confortáveis 29 cm. Na versão de topo, o acionamento é elétrico para os dois bancos dianteiros e a tampa do porta-malas (movimento do pé por baixo do para-choque libera a abertura).

Vem recheado de equipamentos de assistência eletrônica ao motorista e a tela tátil multimídia de 9 pol. no formato vertical amplia a área de leitura de mapas. O modelo avaliado tinha tração 4x4 sob demanda. Saiu-se bem em trecho fora de estrada graças ao vão livre de 21 cm e a bons ângulos de entrada (19°) e de saída (26°). Na estrada mostrou equilíbrio e boa dirigibilidade. Motor a gasolina 4-cilindros/2,5 L/170 cv, de origem Nissan, é áspero em acelerações fortes.

O Koleos estará no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro. A importação para o Brasil começará no final de 2016. Preço estimado de R$ 170.000, na cotação atual do euro.

RODA VIVA

CARLOS GHOSN, presidente da Renault Nissan, afirmou que o Kwid  “não obrigatoriamente será o modelo mais barato do mercado brasileiro”.  Empresa se empenha para este subcompacto chegar às lojas no final do ano. Logo em seguida virá o Captur (mesma arquitetura Logan/ Sandero/Duster),  SUV pouco maior que o Duster e cerca de 10% mais caro.

GRUPO Volkswagen superou o Grupo Toyota no primeiro semestre do ano no total de vendas mundiais de automóveis e veículos comerciais leves. Diferença foi de 120.00 unidades (5,12 milhões contra 5 milhões). Toyota teve dificuldades de produção por causa de terremotos no Japão. Já a VW sofreu com o escândalo diesel nos EUA. Briga boa até o fim de 2016.

FLEXIBILIDADE em obter mapas de 130 países e traçar rotas mesmo sem conexão de dados são vantagens do aplicativo de mobilidade Here WeGo para telefones inteligentes. Alternativa ao Google Maps no mercado mundial por permitir baixar para o celular mapas de cidade, estado ou país que interessar por meio da rede Wi-Fi. Instalação e desinstalação são livres.

ENTRE as incoerências da nova lei, que obriga a ligar os faróis baixos em rodovias e trechos urbanos cortados por elas, está a falta de previsão para estradas de terra. Neste caso os faróis acesos são bem mais úteis em razão da nuvem de poeira a cada passagem de veículo. Como multar nessas condições fica difícil, os legisladores nem se preocuparam...

EMPRESA de transporte alternativo Uber pode enfrentar mais dificuldades regulatórias. Associação Nacional dos Organismos de Inspeção sugere que os carros particulares sejam vistoriados uma vez por ano por razões de segurança, a exemplo dos táxis. Companhias de seguro, por sua vez, querem cobrar prêmios maiores para motoristas desse serviço.

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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

Essas motos...

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A Honda 450 DOHC pode ser considerada a primeira superbike japonesa. Boa de motor, ruim de chassi...

Nossos conhecidos fabricantes japoneses começaram como toda a indústria nipônica: copiando os projetos do então primeiro mundo, do qual nessa época, anos, eles não faziam parte. A Honda começou fazendo motores de bicicletas para mover o povo e foi evoluindo gradativamente ao longo dos anos, sempre pra cima. Em 1965, surgiu a primeira moto grande do império do Sol Nascente: a CB 450 DOHC, fartamente conhecida por estas bandas como "DOC". Esse nome se referia aos dois comandos de válvulas no cabeçote, ou Double Over Head Camshafts, sistema usado, por exemplo, no antigo carro Alfa Romeo JK, o mais sofisticado veículo em produção no Brasil naqueles anos.

Essa configuração de cabeçote permite melhor respiração do motor e uma câmara de combustão mais eficiente, de forma hemisférica, onde a chama se difunde mais rápido, produzindo mais potência. Daí o resultado no dinamômetro: essa Honda gerava 45 cv, ou seja, uma excelente proporção de 100 cv por litro de deslocamento, potência dos carros de F1 da época e nunca vista nas veneráveis bicilíndricas da Grã-Bretanha, os reis das motos grandes desses tempos. Não considere os leviatãs americanos, que eram grandes, mas pesadas demais e feitas para andar em linha reta e no asfalto liso...

A primeira versão da DOHC tinha quatro marchas e um visual bem britânico, com as laterais do tanque cromadas e com borrachas para encostar os joelhos.


Mas era aí que terminava a semelhança com as inglesas, motos de manutenção paranoica, onde o dono tinha que tentar antecipar o que ia quebrar proximamente e ir à luta antes. O motor da japonesa era confiável, chegando à beira do tedioso, por não quebrar... A parte elétrica então era um "saco": tudo funcionava perfeitamente por anos e anos. Até a partida elétrica era secundada por um pedal de kick, praticamente inútil se a bateria estivesse dentro de sua vida útil normal. Esse motor, poderoso para a época, tinha uma diferença rara até hoje: as molas de válvulas eram barras de torção, como na suspensão de um VW. Isso permitia aos metais da época reagir mais linearmente e compor um motor mais bravo, sem flutuar válvulas em altas rotações, em níveis inéditos até essa época. Com isso a CB 450 era capaz de girar 8.500 rpm, nível nunca sonhado pelas inglesas de então. A velocidade final era de 170 km/n e ela chegava lá bem rápido.

Mas a vida é imperfeita, e o quadro era sambista. Nesse tempo eles ainda não tinham ido à Inglaterra aprender como se faz quadro, como muito bem explicado na matéria da Métisse de Steve McQueen, que publicamos tempos atrás. E assim ela balançava... e a cada curva prometia a compra de um belo terreno. Não era só o quadro que era ruim, mas também os pneus - os primeiros Bridgestone - e os amortecedores de marshmallow. Em suma, o comportamento dinâmico era uma cagada que impunha a compra de pneus Dunlop K81, amortecedores Koni é frente Ceriani, para tentar dar ao bom motor condições de se exprimir.

Mas o aviso já estava pregado na parede, e com o tempo os japs aprenderam a fazer o resto da moto... e como!


De Carro por Aí com Roberto Nasser

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109 cv no Uno 1,3 GSE!

FCA, por sua marca Fiat corre nos últimos retoques na evolução do Uno, a versão GSE. Sigla de Global Small Engine, nova geração mundial de motores de pequena cilindrada. Começa com duas versões: 3 cilindros, 1,0, e projetados 80 cv, e curva de melhor torque na categoria – a grosso modo torque move o carro nas cidades; e 4 cilindros, 1,3 e a surpreendente potência de 109 cavalos vapor – novo GM Onix com motor 1,4 gera 106 cv, e  VW Gol 1,6 104 cv. Para comparar motores, veja quantos cv produz por 1.000 cm3 de cilindrada. Quantidade maior indica modernidade. 



É pacote de renovação e, como ouvi, o Carlos Eugênio - Dutra -, diretor comercial, quebrou o cofrinho. Na prática explica investimentos para agregar a maior quantidade de itens diferenciativos. Além da mudança na frente, perdendo os três furinhos na parte central, terá grade comportada, com elementos lembrando a colmeia dos antigos radiadores. Para lamas, para choques e grupo óptico também mudam.

Dentro, alteração nas em cores, tecidos, e possivelmente o painel do Grand Siena, como o fez no Palio 2017. 

Parte operacional lidera. Além dos novos motores, intensa agregação de equipamentos eletrônicos para melhorar conforto, como vidros elétricos para as quatro portas e central multi media. E performance, onde lidera a direção elétrica para reduzir consumo; idem o Stop&Start  desligando o motor quando o carro para; ESP, equipamento de auto estabilização; ASR para corrigir perdas de tração; e Hill Holder – a trava eletrônica nos freios permitindo arrancar em subidas, sem o carro retroceder. Trará efeito positivo na transmissão Dualogic.

Na prática a Fiat crê na expansão deste segmento e quer tornar seus produtos os de maior conteúdo e conforto, assim como em performance e economia. Em paralelo criar distância do Mobi forçando-o a assumir a liderança de vendas.

Motores à parte 

Nesta fase da indústria automobilística, quando advogados, burocratas e ecologistas se uniram para reduzir níveis de consumo e emissões, há revolução tecnológica nos motores. Intensa utilização de alumínio, redução de peso nas peças, de atrito entre elas, otimização do ciclo energético. Na verdade do balcão, menos emissões, menos consumo, sem letargia.

A nova família GSE muda parâmetros, mas conviverá por uns três anos com os então revolucionários motores Fire dos anos ’80. Pessoal da Fiat relata com orgulho técnico as conquistas feitas na primeira geração. O projeto, dizem, tem engenharia humana, entenda-se engenhosidade, praticamente começou do zero, sem ser evolução dos motores em produção. Muitas mudanças. Alumínio no bloco, cabeçote e carter; volta da corrente de acionamento do eixo comando de válvulas, abandonando a correia dentada; virabrequim defasado; câmaras de combustão tidas como as melhores do mundo. Neste primeiro degrau a combinação cilindrada x potência x torque x rendimento do automóvel x economia x emissões, tem os melhores resultados.

Parte de três cilindros 1,0, e adição de cilindro com idênticas medidas – e bielas, pistões, anéis, bronzinas comuns – cria o 1,3 contendo custos. Nesta direção despreza o uso de 4 válvulas por cilindro, o cabeçote DOHC, e o Multi Air, revolucionária patente Fiat, atendo-se ao centenário arranjo de apenas duas. Porém, com certeza, na próxima evolução, 8 válvulas e 1,4 turbo. 

Novo Uno GSE (foto: autos segredos)

All New L200 Triton Sport, novo picape Mitsubishi

Precedida por informações desencontradas – seria importada; apresentação no Salão do Automóvel, - HPE, representante da Mitsubishi no Brasil fez pré divulgação do novo modelo. Vendas, entretanto, apenas em outubro.

Construído em Catalão, Go, totalmente novo, mudança em chassis, medidas – está mais curto e com menor distância entre eixos -, novo motor 2,4 litros, totalmente em alumínio, mantendo características como comando variável para válvulas. Três versões: HPE Top; HPE; GLS. Sob o ponto de vista de Reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento, é evolução da família anterior, mantida em produção, com muito aptidão off road.

Novo motor produz 190 cv e importantes 43,8 m-kgf em torque, variador de abertura de válvulas e turbo compressor.

Esteticamente é novo produto, com re administração do espaço interno para habitabilidade e maior inclinação do encosto do banco traseiro, apesar da redução das dimensões. Dentro equipamentos de segurança – 9 almofadas de ar -, os assistentes de freio e estabilidade; sistema de partida em subidas; e interessante adjutório para controlar derrapagens quando tracionando reboque.

Versão GLS usa caixa mecânica de 6 velocidades, e o controle para engatar a tração das 4 rodas é feminina rodinha no console ligada a infinidade de fios, terminais, sensores, conexões. Saudades da lógica do Dr. Gurgel – João Augusto Conrado do Amaral Gurgel -, da fábrica com seu nome: peça que o carro não tem, não quebra. Nesta via os japoneses andam na contramão. 

Em infodiversão, tela com 17,5 cm para controle de computador, som, gps.

Quanto custam os picapes Mitsubishi

Versão                                R$
Triton Sport HPE Top        174.990
Triton Sport HPE                164.990
Triton Sport GLS - mecânico131.990

Triton Antiga
Triton Savana MT                138.990
Triton Savana AT                146.990
Triton Outdoor AT                136.990
Triton GLX MT                111.990
Triton GL MT                        105.990
Triton 2.4 Flex Outdoor          91.990

Dúvidas

Demandada, a assessoria de relacionamento com a imprensa não informou:
Quantas velocidades tem a transmissão automática; porque as versão antiga Savana com transmissão mecânica custa mais ante nova versão GLS, igualmente mecânica ?

All New Triton. Menor por fora, maior por dentro           

Roda-a-Roda

Situação– Notícias sobre a possibilidade de venda do colosso Magneti Marelli à coreana Samsung fez ações da FCA saltar quase 10%. Partes não comentam, mas a de olhos puxados quer usar áreas de iluminotécnica e infordivertimento para aumentar presença mundial. A de olhos vivos, quitar os volumosos empréstimos com vencimento em 2019.

Disputa– Grupo VW superou grupo Toyota no primeiro semestre: vendeu 5,120M automóveis e comerciais leves contra 5M. Disputa vinha acirrada, mas o Dieselgate, as emissões superiores ao limite legal, diminuíram as vendas. Neste ano, entretanto, parece haver consciência do público de o problema não afetar características dos produtos e confiança na marca. Toyota teve problemas com fornecimento de auto peças, causados por terremoto.

Retomada– Acreditando nos sinais de retomada econômica da área do Mercosul, José Luiz Gandini, nº 1 da operação KIA no Brasil, anunciou re iniciar produção do caminhão Bongo por sua filial Kia Motors de Uruguay. 

Mais - Medida antecipa em um mês planos iniciais, e coincide com inauguração de amplas e imponentes instalações para gestão e assistência da marca no vizinho país. Lá responde por 3% das vendas.

Aliás– Kia teve em julho o melhor mês de vendas com chegada do novo Sportage. Alegria de pobre dura pouco: cota de importação sem pagar 30 pontos percentuais sobre IPI é 400 carros/mês – inferior à demanda.

Pedido– Empresa solicitou tal redução ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas a pretensão não anda.

Ajustes– Ao Palio Fiat aplicou-se a melhorar conteúdo. Partiu aplicando o painel do Gran Siena, incrementou decoração, confortos para ser lembrado à hora da comparação com concorrentes, a partir da versão Attrative 1,0.

Resumo– Sem aumentar preços, é mais por menos. Attractive 1,0 – 42.410; 1,4 – 45.990; Essence 1,6 – 50.890; Sporting 1,6 – 53.410.

Não vem– Diretoria da FCA viu e gostou da projeção no desenho do picape Toro, para transformá-la em utilitário esportivo. Apenas gostou. Para afastar palpitologia sobre tal lançamento, declara não o fará. 

Obviedade - Não concorreria com próximo lançamento, SUV Compass, de dimensões e confortos superiores ao Renegade. Usa plataforma deste e Toro.

Enfim– Gostas do Chevrolet Classic e do Agile ? Corra. O mais antigo dos GM em nosso mercado parou de ser importado da Argentina. Seu desdobramento Agile seguirá mesmo caminho ínvio.

De volta– Mudanças na Ford e promoções aumentaram vendas em 18% em julho - 17.396 veículos. Na relação de concorrentes marcou 9,6% do mercado, e volta à quarta posição, mítica referência.

Razão– Empresa inverteu executivos, pinçou Antônio Baltar de caminhões para automóveis, mudou de presidente, e missão de Lyle Watters é resgatar lucratividade até o final do ano. Ford vem perdendo dinheiro na América Latina em números de causar inveja a PeTropilantras.

Promoção – Chery Brasil em campanha limpa-pátio: é a Trust Share, ação na matriz para comemorar 5 milhões de unidades. Dá desconto de R$ 6 mil para modelos Celer Hatch e Sedan. Vale até o fim do mês. Mais? cherybrasil.com.br.

Situação– Apesar do crescente número de venda de carros novos, mercado dos EUA aumentou média de consumo. Coisa pouca, 1% entre junho e julho. Muita, entretanto, quando se vê o gasto médio: 11,3 km/litro. Apesar dos banheirões, dos motores grandes, dos enormes picapes e suvs, em economia superam nossa frota de quatro cilindros.

Portátil– Autoprotection Titanium, para limpar e cristalizar a pintura de veículos ganhou versão com 300 ml, para ser carregado no porta luvas. Titânio na composição, permite cristalizá-la. Custa R$ 99; tubo para três aplicações.

Atestado– Quem comprar exemplar de 4 Rodas neste mês receberá encarte adicional: teste de longa duração, 60.000 km, realizado com o Citroën C4 Lounge 1,6 turbo. Bom resultado. No período, desgaste dos retentores de válvulas e rompimento de um coxim do motor. Muitos elogios.

Mudança– Tracbel, distribuidora Volvo em parte do Nordeste, assumiu Amazonas, Pará, Roraima e Amapá. Venderá portfólio Volvo para trabalho: caminhões, chassis para ônibus, equipamentos para construção, motores marítimos e industriais Volvo Penta.

... II– Representante anterior, Apavel centrará no Ceará, Maranhão e Piauí.

Apoio– Para melhorar assistência técnica, Cummins Brasil em acordo com DCCO, distribuidora para o Centro Oeste, implantou Centro de Treinamento em Goiânia. Quer levar conhecimento a mecânicos do interior.

Cobaias– Centro de Engenharia de Conforto da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, para a Boeing recruta voluntários para testes de conforto em voos. Avaliação estática, em réplica de cabine com 30 assentos, em câmara de pressão – um mock up.

Como– Avaliação início de setembro. Interessado? email para conforto@usp.br. Resultados servirão a companhias operando Boeings. Não é o caso da Latam, hoje detentora dos menores espaços inter fileiras.

Charme– Mais charmoso do encontros de veículos antigos, o Pebble Beach Concours d’Élegance terá nova edição dia 21. Dentre atrações paralelas, BMW exporá veículos mais caracterizadores de seu século de atividades.

Paralelo– Dentre BMW Isetta 300, dois exemplares de 328 pré Guerra, participantes de Mille Miglia e 24 Heures du Mans, o 3/15 DA2, primeiro dos automóveis BMW, e os Art Cars pintados por Alexander Calder e Jeff Koons.

Elvis– BMW aposta no 507 ex Elvis Presley como maior atração ao seu pedaço de gramado. Esportivo de contadas unidades, foi comprado pelo Rei do Rock quando servia ao Exército na Alemanha após ter vencido prova no circuito francês de Linas-Monthléry, conduzido por Hans Stuck.

De novo– Elvis comprou, trocou o tom Branco Pena por Vermelho Alfa; vendeu-o; e o 507 cumpriu período de corridas e sumiu. Agora, restaurado pela BMW será atração maior de sua exposição junto aos antigos.

Elvis e o 507 fazendo sucesso na Alemanha

Gente– Gislaine Matano,41, academicamente lastreada, mudança. OOOO Nova gerente de marketing e comunicação da Triumph Motocicletas. OOOO Carlos Tavares, engenheiro com MBA em marketing, novo diretor de peças DAF, Paccar e TRP, do grupo Paccar. OOOO Antes era diretor comercial e de engenharia da Lifan. OOOO 

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SelecTrucks, Mercedes inova nos usados

SelecTrucks. Mercedes fomenta negócios com usados e semi novos

Mercado estável, movimento anual de 300 mil unidades, instigaram Mercedes-Benz a implantar no Brasil a SelecTrucks. Negócio é de receber usados de qualquer marca ou ano na compra dos novos Mercedes, e revende-los com cuidados adicionais, garantia de procedência, revisão, garantia de até um ano, pagamento em 12 meses. Um diferencial no mercado brasileiro, resume Roberto Leocini, VP da Mercedes.

Sistema existe na Alemanha e na África do Sul, e acelera no Brasil. Começou em Mauá, SP, maior mercado de caminhões usados, à média de um negócio/dia, dobrando em junho. Resultados levaram a instalar outra unidade do SelecTrucks em Betim, MG, e expandirá: próxima em Curitiba, Pr.

Negócio se amplia: gera venda do O Km; a venda do usado; e o momento econômico do país outro desdobramento: empresas formando frota de usados adquiridos no SelecTruck.

Não é transação comum, com o proprietário de caminhão usado, levando-o ao Concessionário Mercedes-Benz para ser avaliado, combinando como paga a diferença para o novo. Transação inicia da mesma forma: o interessado vai ao Concessionário, e a mudança é que este não compra nem recebe o caminhão como entrada, mas contata o SelecTrucks, e este manda avaliar o caminhão por empresa especializada. Feito o negócio, o SelecTruck paga ao Concessionário, e o interessado ajusta a diferença.

Revisados, caminhões de todas as marcas são vendidas pelo SelecTruck, e o novo modelo de negócio implementa renovação de frota; troca de usados por menos usados; e até renovação de frota por outra menos rodada.

Os serviços disponíveis nos Concessionários – atendimento de garantia; peças novas e remanufaturadas, contratos de manutenção, assistência de 24 horas, financiamentos pelo Banco Mercedes-Benz – são disponíveis aos clientes do SelecTruck. Saber mais ? (www.selectrucks.com.br)

Maratona movida a gasolina

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Por Jason Vogel

Competidor Georges Teste, com o ciclomotor De Dion-Bouton

O lema “Mais rápido, mais alto, mais forte” por pouco não levou um adendo: “mais potente”. O automobilismo foi cogitado como esporte olímpico e fez parte da programação dos Jogos por uma única vez. Parte da Exposição Universal de Paris de 1900, a II edição das Olimpíadas teve peculiaridades jamais repetidas, como exibições de balonismo e uma prova de 200m com obstáculos sob a água. Incluiu, também, uma corrida de carros e de motocicletas.



Conta Jeroen Heijmans, pesquisador que se dedica ao tema das Olimpíadas, que um esporte tinha que atender a cinco critérios para ser considerado “olímpico” em 1900: permitir a entrada de participantes de todas as nações; não dar vantagem a qualquer atleta; estar aberto a pessoas de todas as idades, raças, regiões etc; não admitir profissionalização e, por fim, não se basear no uso de motores.

O último critério eliminaria as provas automobilísticas do evento criado pelo Barão Pierre de Coubertin, mas o fato é que os Jogos Paris-1900 foram palco para 16 competições de automóveis e motos. As principais fizeram parte da prova Paris-Toulouse-Paris, uma disputa de velocidade e resistência mecânica que pode ser comparada aos ralis atuais.

“Esses desafios bem poderiam ser considerados olímpicos, não fosse a cláusula sobre esportes motorizados. Assim, prefiro classificar tais eventos apenas como exibições”, escreveu Heijmans no artigo “Motorsport at the 1900 Paris Olympic Games”, publicado na edição de setembro de 2002 do “Journal of Olympic History”.

Alfred Velghe (pseudônimo de Alfred Levegh), o vencedor da prova, ao volante de um Mors, em 1899 - Foto: Coleção Jules Beau

Ainda que fizesse parte dos Jogos Paris-1900, a prova Paris-Toulouse-Paris foi organizada pelo Automóvel Clube da França. Carros e motocicletas existiam há não mais do que 15 anos (tomando-se como marco zero as invenções patenteadas por Gottlieb Daimler e Karl Benz) e ainda eram considerados excentricidades de gente rica. Para comprovar a confiabilidade dessas máquinas, desafios de longa quilometragem ganhavam força desde a última década do século XIX.

Com um percurso de 1.347km, em tempos de estradas sem asfalto, a Paris-Toulouse-Paris foi disputada ao longo de três dias, de 25 a 28 de julho (os Jogos Olímpicos, nessa época, duravam meses, e a edição de 1900 aconteceu entre maio e outubro daquele ano). Foi difícil para os organizadores conseguirem a permissão das autoridades para realizar a corrida, que só entrou na programação oficial poucos dias antes da largada.

A cada dia, era disputada uma etapa: Montgeron-Toulouse, depois Toulouse-Limoges e, por fim, Limoges-Montgeron (vale dizer que Montgeron é uma espécie de subúrbio a 20km do centro da capital francesa). Havia três categorias: automóveis, motocicletas e voiturettes — estes eram carrinhos leves com motores diminutos.

Medalha de ouro da prova

Quase todos os 78 inscritos para a prova eram franceses, com um ou outro britânico na lista. Apenas 55 largaram, em espaços de dez em dez minutos, e só 21 resistiriam até a bandeirada final.

Na primeira etapa, o piloto Alfred Velghe — sob o pseudônimo Levegh — dominou a categoria automóveis com seu potente Mors, capaz de manter médias acima de 65km/h, um espanto para a época. Aos 30 anos de idade, Levegh já era um veterano em provas de longa distância, sempre correndo com carros da marca francesa Mors, uma das primeiras a usar motores em V.

No encalço de Levegh vinha Pinson, que chegou a fazer os melhores tempos na segunda e na terceira etapa da prova, com seu Panhard & Levassor. Outro francês que provou seu valor foi Carl Voigt, que também corria com um Panhard & Levassor.

Ao cabo de três dias de prova, os organizadores começaram a destrinchar as medições dos 82 postos de controle, e só em 15 de agosto oficializaram o resultado: vitória para Levegh, que fez o percurso da prova em 20h50m, com uma vantagem de 20m44s sobre Pinson.

Logotipo da Mors, marca do carro vencedor

Georges Teste levou a melhor entre as motos (na verdade, pilotava um triciclo De Dion, que chegava a 60km/h), enquanto Louis Renault, fundador da marca que levava seu sobrenome, venceu na classe das voiturettes, pipocando pela França a uns 40km/h.

Como nos esportes olímpicos oficiais, a Paris-Toulouse-Paris deu medalhas de ouro prata e bronze aos melhores colocados em cada categoria. A diferença é que os organizadores também pagaram prêmios em dinheiro.

Piloto Pinson, no Panhard, ficou em 2º lugar

Alfred Velghe “Levegh”, único piloto de carros a ganhar medalha de ouro durante uma Olimpíada, morreu de câncer de garganta em 1904. Seu sobrenome adotivo seria mais lembrado na história do automobilismo por um acontecimento trágico: Pierre Levegh, sobrinho de Alfred, foi o protagonista do pior acidente da história das corridas, quando decolou com seu Mercedes nas 24 Horas de Le Mans de 1955 e caiu sobre o público, matando 84 pessoas.

Nos Jogos de Londres-1908, cogitou-se promover outras corridas de carros. A ideia não foi adiante e os únicos esportes motorizados que aconteceram foram provas com barcos. Desde então, a gasolina anda fora das Olimpíadas.

Corredor Carl Voight, 3º lugar, com Panhard & Levassor

100 anos da BMW em SP!

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