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De Carro por Aí com Roberto Nasser

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Elegante, econômico, o Citroën C3 PureTech 1,2

Automóvel de entrada na marca, hábil no fugir à tentação do emprego de motor 1,0, nova geração do Citroën C3, dita PureTech, desprezou o motor 1,45 litros, quatro cilindros, nacional, por importado 1,2 tri cilíndrico. Conseguiu o melhor da sociedade de consumo, ser chique e econômico.



É elegante em formas e conteúdo, muito agradável de uso, da boa acomodação de motorista, passageiros – se medianos - e cargas, boa fórmula na faixa de preços entre R$ 46.500, e R$ 52,700 na versão Tendance, marcada pelo para brisa extenso, insólito, harmônico à proposta.

Mercado

Motor relança o automóvel, faz esquecer o salto de preços entre a versão anterior e a atual, e o coloca na linha de frente da realidade tecnológica. Hoje, em nome das regras de emissões, consumo e parâmetros a cada dia mais rígidos, tendência de fabricantes de automóveis de menores dimensões e peso é aplicar motores de 3 cilindros. O da PSA, holding das marcas Peugeot, Citroën e DS, tem opção turbo no exterior, mostrando abrir o leque para aplicação em veículos maiores. Ao usuário forma conjunto muito interessante com resultados expressivos em consumo como hatch de boa aerodinâmica, com Cx, coeficiente de resistência à passagem do ar, em 0,31. Contribui a caixa de marchas, tração frontal, 5 velocidades, com 4ª e 5ª multiplicadas. Mantém-se pioneiro da direção com assistência elétrica apresentada no modelo anterior. Como automóveis são produto de equação, no caso os resultados são positivos. Avaros cavalos: cruzando a 100 km/h com gasálcool, surpreende ao atingir em torno de 18 km/litro. A 120 km/h supera os 16 km/litro. Nos índices governamentais de consumo entre gasolina e álcool, está na comissão de frente. Novo engenho a gasálcool faz 82 cv a 5.750 rpm, e torque de 12,3 m-kgf a 2.750 rpm. A álcool, salta quase 10%, indo a 90 cv e torque de 13 quilos. Apesar de discordar, em alguns momentos segui mostrador no painel sugerindo mudar marchas ascendentes ou descendentes, produto da troca de informações entre velocidade, inclinação e torque do motor. Boa ajuda.

No uso é agradável na cidade, ágil para a cilindrada, bem disposto, sem exigir reduções para contornar rotatórias ou passar quebra molas. Nas estradas de pista simples, nas longas subidas, mostra outra face: se você quiser andar rápido, bote um olho no conta giros e outro na estrada, e estique as marchas.

Em comportamento, direção precisa, estável, freios apenas razoáveis pela economia no empregar discos sólidos frontais e a tambor na traseira.

Números: aceleração de 0 a 100 km/h em torno de 14s; velocidade final bordeja 180km/h; autonomia surpreendente: capaz de fazer Rio-S.Paulo-Rio com único tanque de gasálcool.

Não medi consumo com álcool. Evito utilizá-lo apesar de os números fornecidos indicarem quase 10% em adicionais e importantes cavalos-vapor. Área agricultável nobre, empregada para produzir álcool melhor faria em alimentos, com volume forçando preços menores de comida a quem não tem carro.

Citroën C3 PureTech. Elegante, econômico

Novidade: duas novas fábricas de automóveis

Produto curioso, em declínio, prevê eventuais novas marcas apenas com mudança básica de tecnologia mesclando eletrônica e comunicações, como nos previsíveis carros autônomos. Caminho se afunila, marcas se mesclam com outras em nome da sobrevivência – Fiat + Chrysler; Donfeng + PSA; Nissan-Renault + Mitsubishi. Entretanto no continente sul americano há notícias do surgimento de novas indústrias, na Argentina e no Brasil.

Vejamos

No Brasil pode ser a definição operacional da chinesa Zotye Motors. Como aqui relatado, adquiriu a TAC, fabricante do jipe Stark – sem levar o negócio à frente. Também prometeu implantar outra operação em Goianésia, Go, na produção de veículos elétricos.

Carlos Eduardo Barbosa, diretor para relacionamento com o governo federal, contou à Coluna nova formatação dos planos, concordes com entendimentos com o governo cearense e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Disse, empresa reanimará a Tac, produzindo o jipe Stark para venda ao mercado brasileiro, América Latina e África. Da marca a operação poderá ter dois endereços: em Sobral, reativando reduzida área industrial, e nos arredores do Porto de Pecém, em operação para captar incentivos e vantagens de ZPE – Zona de Processamento de Exportações. Desta, todas as unidades serão enviadas a mercados externos, inicialmente, o africano. Do Stark, esclarece o diretor, haverá lançamento da linha 2017 incluindo versão com motor a gasolina, Flex, e dinamização de operações a partir do segundo semestre.

Marca estima aplicação de R$ 130M na operação no Ceará, com característica básica de fazer montagem com partes chinesas e exportar os veículos para América Latina e África.

Atividade principal, esclarece, será em solo goiano, montando modelos Z100 Logic e do elétrico E200, com partes importadas e algumas nacionais.

Logo da Zotye

Argentina

No vizinho país, retorno histórico. Um de seus primeiros fabricante/montadora, a Siam/Di Tella, empresa de eletrodomésticos, entre 1959 e 1967 lá produziu automóveis ingleses Riley. Desistiu, ampliou o conglomerado industrial com as marcas Noblex, Atma, Siam, Philco, Sanyo, indústria pesqueira, eletrônica e telecomunicações colocadas sob o nome de Newsan. Recentemente voltou à área da mobilidade com motocicletas elétricas, e surpreendeu o mercado mudando sua razão social para incluir indústria automotriz, como contou o jornal El Cronista. A proposta aprovada pelos acionistas é expandir a liderança, atendendo às demandas da sociedade, em leque amplo: bicicletas, triciclos, motos, automóveis, tratores, caminhões e ônibus.

Não indicou se produtos próprios, aquisição ou representação de produto ou marca já existente, ou entrar de cabeça no virgem mercado dos elétricos.

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Roda-a-Roda

Avaliação– Bom sítio argentino Autoblog  publicou fotos de protótipos do novo SUV Alfa Romeo, hoje o Projeto 952 e logo a ser chamado Stelvio, em testes nas regiões geladas de seu país. Crê-se apresentação no Salão de Los Angeles, novembro 18-27.

Mais ou menos– Sobre plataforma do Giulia, motor 2,9, bi turbo, 510 cv, exige mão de obra dedicada para aproveitar tal cudelaria, não recomenda fazer veículo alto ou bruto.

Mercado - Para concorrer em diferentes segmentos, de Porsche Macam a Audi A5, várias versões, desde motor L4, 2,0 e 300 cv ao poderoso V6, tração simples e nas 4 rodas. Stelvio é instigadora e apertada rota alpina, ao norte da Itália.

Projeção Stelvio por LP Design

Enfim– Carlos Ghosn, CEO da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, informou a Mauricio Macri, presidente da Argentina, aumentar investimentos no país.

O que - Além da produção dos novos picapes Renault-Nissan-Mercedes; da família Logan/Duster, deslocada de Curitiba, Pr; US$100M para novo produto: Dokker, utilitário simplório e, versão substituta do provecto Kangoo.

Enfim – Land Rover até final do ano trocará atuais motores Ford por seus novos, os Ingenium. Começa com diesel moderno, 4 cilindros, 2,0 litro, 240 cv e impactantes 50 m-kgf de torque. Família terá vertente com gasolina.

Land Rover informa: sai motor Ford, entra Ingenium diesel e gasolina

Exibição– Unidade de Choque do Estado de São Paulo desfila nos cariocas Jogos Olímpicos e apresentam ao país o israelense Guarder, da Plasan especializada em proteção blindada.

Jogo Duro - Projetado para operações especiais de policiamento; 4x4; blindagem Stanag 3; leva motorista, comandante e 22 soldados, é capaz de ir e voltar em qualquer terreno. Utiliza potentes câmeras captando imagens ópticas e térmicas para orientar o comandante.

Pacote– Protege usuários com sistema de extinguir incêndios, ameaças químicas, biológicas e radioativas, resistindo a bombas sujas e ataques com armas químicas, portando sistemas não letais para dispersar manifestações violentas. Empresa já desenvolveu e entregou mais de 30.000 unidades.

Guarder, ponto de vista israelense sobre o Caveirão

Evolução– Latin NCAP, programa de avaliação de veículos novos para América Latina e Caribe comparou o Novo Palio e o Peugeot 208, incluindo teste de impacto lateral. Os reforços laterais do Fiat permitiram menos intrusão no compartimento de passageiros. O 208, diz o Latin NCAP, não as utiliza.

Renovação– Ministro do Desenvolvimento, Indústria, e Comércio Exterior, disse no Congresso da Fenabrave – agrupando revendedores, concessionários, distribuidores -, país terá plano de Renovação de Frota até o final do ano. Muitos agentes. Combinou com todos ?

Curiosidade– Pouco conhecida em sua história no Brasil, DAF, fábrica de caminhões, foi indicada Marca do Ano pela Fenabrave. Resultado é consequência de pesquisa entre todos os revendedores sobre relacionamento com fabricantes.

Sem– Mesmo critério Audi ganhou o prêmio na categoria Automóveis e BMW em motos.

Outro Foco– Constatando 25 mil orelhões praticamente ociosos – médias 2 chamadas/dia -, e 2,7M de usuários sem celular nos ônibus em S Paulo, Festival Red Bull Basement criou nova utilidade.

0800– Por chamada graciosa centro de informações responde sobre linhas, horários e itinerários no perímetro do Orelhão. A iniciativa transforma a ociosidade em ferramenta útil ao cidadão. Mais?
https://www.facebook.com/RedBullStation/videos/1225849797465636/?__mref=message 

Situação– Área de segurança e Forças Armadas trabalham com opção de resumir a parada do Dia da Independência, o 7 de setembro, em Brasília. Buscam poupar o Presidente – possivelmente já efetivado - de protestos de turbas com o discurso do golpe.

Questão– Difícil administrar o remédio da democracia quando não se consegue aferir a semente da discórdia: democratas mal educados, ou os muitos órfãos das incontáveis tetas do governo petista ?

Investimento - Mandão dos negócios da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, 85, em união estável com a paulista Fabiana Flosi, 39, produz café premium na estância hidro mineral de Amparo, a 140 km de S. Paulo. Investe em qualidade e processos para exportar o Celebrity Coffee.

Sobrevida– Investidores paranaenses deram um tempo, sobrestaram o projeto de passar trator sobre o particular Autódromo de Curitiba, em Pinhais, Pr. Aparentemente a época não está boa para incorporação de imóveis em quantidade industrial, como seria o caso. No aguardo, corridas continuarão.

História– Volvo de automóveis comemora os 50 anos do início de produção de seu modelo 144, o primeiro da marca a superar vendas em mais de milhão de unidades, e de estilo europeizado.

Tradição - Decupado, o numeral 144 explica o automóvel. Primeiro algarismo indica série; seguinte número de cilindros do motor; último o de portas.

Volvo 144


Alta Roda com Fernando Calmon

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CARRO BÁSICO VOLTARÁ?

A atual crise do mercado brasileiro levou a mudanças no comportamento dos consumidores. Para a maioria dos analistas o grau de exigência dos compradores aumentou e o tempo dos carros básicos (também chamados de “pelados”) terminou. Pode não ser bem assim.

Atualmente quase todos os modelos vendidos ao cliente final (varejo) têm ar-condicionado. Porém, se explica pelo clima do país, as horas passadas em congestionamentos e, em especial, o poder aquisitivo de quem conseguiu manter sua renda nesses tempos de severa retração econômica, nunca vista antes com esse grau de intensidade em dois anos seguidos.

O chamado tíquete médio de venda subiu mais de 20% no acumulado de quase 24 meses consecutivos de mergulho do mercado. A parcela de pessoas que compravam o primeiro carro zero-quilômetro, depois de anos restrita a modelos usados por força de sua menor renda e da falta de boas condições de financiamento, foi reduzida drasticamente desde 2014. Houve forte migração para a parte baixa da pirâmide social.

Esse, aliás, é um ciclo que se repete. Na crise dos anos 1980, por três vezes seguidas o modelo mais vendido no país foi o Chevrolet Monza, um médio-compacto equivalente hoje ao Cruze, Corolla ou Civic. Naquela época os modelos de entrada também sofreram forte retração, mas parte desse resultado se deveu a Fusca e Gol terem convivido por seis anos. Agora, apesar de o mercado continuar dominado por modelos compactos, o Corolla aparece em sexto lugar. Não chega a ser uma surpresa.

Outro fenômeno aliado a variações de poder aquisitivo envolve os modelos de 1 litro de cilindrada. Com o IPI mais baixo desde 1990, os compradores exauridos financeiramente concentraram neles suas preferências, mesmo com potência inadequada para a maioria dos carros da época. Em 2001 representaram nada menos de 70% dos automóveis vendidos e, no ano passado, esse percentual caiu para 34%. Isso ocorreu mesmo com a grande evolução de desempenho e a chegada de motores modernos de três cilindros.

Há, entretanto, o fenômeno de crescimento dos SUVs compactos em que o propulsor de 1 litro de aspiração natural não mostra adequação. Já entre os hatches que oferecem também motores acima de 1 litro, os de menor cilindrada reinam: Uno, 85%; Ka, 84%, Palio, 80%, Gol, 67%, HB20, 65%, Sandero, 65% e Onix, 61%. Esses compradores preferem adquirir um carro com mais itens de conforto a um preço menor. Trocam potência por equipamentos.

Quando o mercado retornar ao patamar de quatro milhões de unidades anuais (incluídos veículos leves e pesados), que muitos esperam só ocorrer em 2022 ou 2023, podem voltar aqueles que perderam a oportunidade de sair de um modelo usado para um novo. Economia estabilizada e em crescimento autossustentável, baixa inflação, financiamentos a juros menores e empregos seguros formarão o cenário ideal para atrair compradores de carros básicos.

Eles não se importam com rodas de liga leve ou vidros, espelhos e travas elétricos. Talvez abram mão até do ar-condicionado. O sonho do carro zero-quilômetro poderá recuperar uma oportunidade perdida com tantos erros de gestão econômica nos últimos anos.

RODA VIVA

CORREU pelo mundo a notícia de que a Noruega iria banir a comercialização de automóveis com motores de combustão interna a partir de 2025. O governo norueguês acaba de desmentir, informa a agência Reuters. O país continuará a incentivar tecnologias mais limpas até uma substituição natural, sem prazos. Parte de sua grande riqueza vem do petróleo.

PARA atender a legislação de eficiência energética, a GM estendeu ao motor de 1,8 L do sedã Cobalt 2017 as mudanças apresentadas nos 1,0 L e 1,4 L de Onix/Prisma. Câmbio manual também passou de cinco para seis marchas. Além do ganho de 3 cv (agora, 111 cv) e 0,6 kgfm (para 17,7 kgfm), peso diminuiu em 36 kg. Consumo chega a 15,1 km/l com gasolina (estrada). Preços: R$ 62.190 a 68.990.

MONOVOLUME Spin, mais alto e pesado, exigiu alterações adicionais. Motor é o mesmo do Cobalt, mas para melhorar o consumo a GM adotou controle ativo de entrada de ar ao radiador e outros recursos técnicos. Em estrada com gasolina alcança 13,7 km/l e também nota A pelo Inmetro. Preços subiram em média 2% e vão de R$ 57.990 a 71.990.

EMBORA tardio, há agora um projeto de lei no Senado que restringe o uso obrigatório de faróis baixos ou luzes de uso diurno (DRL, sigla em inglês) a vias rurais asfaltadas apenas, excluindo trechos urbanos de rodovias. Por enquanto, as multas urbanas ficam como estão por decisão arbitrária e ilegal do Denatran, que só adicionou ainda mais confusão ao controvertido tema.

CAMPANHA simpática da área de lubrificantes da Shell para destacar o papel do automóvel na sociedade brasileira. O concurso cultural vai até 26 de setembro e os consumidores devem contar histórias pessoais em que carros são protagonistas centrais. Há três exemplos no site www.shell.com.br/helix-retribua. Os filmes, bem produzidos, merecem ser vistos.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

A vida com o Peugeot 208 PureTech e seu frugal motor de três cilindros

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Por Jason Vogel


Somos fãs dos motores de três cilindros que estão tomando o mercado. Com menos atritos internos que os de quatro cilindros, eles trabalham com leveza e crescem de giro com ímpeto esportivo. O melhor é que consomem pouquíssimo — em maio, o Inmetro divulgou um ranking dos modelos mais econômicos à venda no Brasil e o Peugeot 208 1.2 aqui mostrado foi o grande destaque, ficando atrás apenas dos carros híbridos.



Daí que estávamos ansiosos para ter uma convivência de longa duração com o modelo da marca francesa fabricado em Porto Real. Os 208 equipados com o motor 1.2 PureTech saem apenas com câmbio manual e custam a partir de R$ 49.790, na versão Active. O exemplar que chegou para testes, contudo, era um Allure, o mais equipado dos Peugeot 208 de três cilindros. Por R$ 56.590, traz itens como teto de vidro panorâmico, sensor de estacionamento (só na traseira) e piloto automático.


Equivalente em tudo ao que é feito na França, o Peugeot é um dos compactos mais modernos que temos no Brasil. Por aqui, contudo, é um daqueles injustiçados do mercado: de janeiro até julho, teve apenas 6.103 exemplares vendidos, ficando em 37º lugar no ranking da Fenabrave.

O acabamento mostra um capricho europeu nas forrações. Parece coisa de importado. Como nas outras versões do 208, o ambiente é dominado pelo painel “suspenso” e pelo volante de pequeno diâmetro, forrado com couro e quase no colo do motorista. Sobra arrojo visual.


A direção traz ajustes de distância e altura. Querendo, o motorista pode deixar seu banco bem rente ao chão. Teoricamente, a posição de guiar poderia estar bem perto da perfeição, qual num Golf VII. Pena que o console seja tão intrusivo, tomando espaço destinado à perna direita do motorista, e que os pedais sejam tão próximos uns dos outros (“é melhor para fazer punta-tacco”, dirão os mais metidos a piloto...).

Ligamos o motor e o que se sente é uma certa vibração inicial. Por alguns segundos, parece até movido a diesel. Chamado EB2 PureTech, este tricilíndrico aspirado tem 12 válvulas, variação de fase nos dois comandos e 1.199cm³. Sem qualquer alteração, equipa também o Citroën C3.

Esse motorzinho, o câmbio com as três primeiras marchas curtas e a embreagem pesadinha e sem muita progressão (vá tirando o pé e o carro dá um salto à frente) dão a impressão de que o bicho tem muito apetite de asfalto e cilindrada bem maior. Vamos à luta e o 208 1.2 se mostra esperto e cheio de vontade para seus 84cv (com gasolina) ou 90cv (com álcool). As respostas iniciais são muito rápidas e a frente chega a empinar.


Nas retomadas, trate de usar o câmbio para manter o giro aí em torno das 2.500rpm. Daí em diante, o PureTech cresce feliz como se não houvesse amanhã. Quer manter um ritmo manso de cruzeiro? A 100km/h, na quinta e última marcha, vamos o conta-giros indicará 3.000rpm. Em todas ao ocasiões, o PureTech pareceu mais vibrante que o motor do Volkswagen Up! — será questão de coxins?

O curso da alavanca de câmbio é mais longo que o ideal. Além disso, a suspensão é algo mole, não condizendo com o ímpeto esportivo do carro. Nota-se que foi afinada para um público bem geral. Não que seja ruim — mas seu excesso de maciez lembra um pouco o Golf IV. Nas curvas mais animadas, os pneus Pirelli Cinturato 195/60 R15 dão conta do recado sem reclamar. A gente fica imaginando como seria interessante se dessem um ajuste mais firme a esse 208.

No dia a dia, vamos descobrindo a intimidade do carro. A tela multimídia é grande e fácil de ser operada, mas fica quase ilegível sob o sol forte. O enorme teto de correr é fixo — tem ótimo visual e parece ampliar o espaço da cabine. Cansou de tanta luminosidade? Puxe um “blecaute” de tecido que o Allure vira um 208 comum.


Durante a convivência, soou uma vibraçãozinha que parecia vir da forração interna, mas não conseguimos localizar exatamente de onde.

Fomos muito felizes juntos. E ainda mais ao ver que o esse Peugeot fez 12,8km/l de gasolina... na cidade! De cair o queixo, ainda que não tenhamos alcançado as marcas de 15,1km/l (ciclo urbano) e 16,9km/l (rodoviário) obtida nas medições do Inmetro. Esse leão não é manso e nem tem sede.


Peugeot 208 Allure 1.2

Origem: Brasil
Preço: R$ 56.590
Motor: flex, três cilindros, 1.199cm³, 12v, potência
de 90cv (a 5.750rpm) e
torque de 13kgfm (a 2.750rpm)
Transmissão: manual de
cinco marchas.Tração dianteira
Suspensões: McPherson na frente e eixo de torção atrás
Freios e pneus: a disco
e a tambor; 195/60 R15
Dimensões e peso: 3,97m (c), 2,54m (e.e) e 1.037 quilos
Desempenho: 0-100km/h
em 12,8s e máxima de 177km/h
Consumo: 12,8km/l na
cidade, com gasolina
(medição de CarroEtc)

V Encontro de Autos Antigos - AVP

Recall BMW: modelos produzidos entre 2002 e 2006.

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A BMW do Brasil convoca proprietários de modelos BMW 320i, 325Ci Coupé, 325i, 330Ci Cabrio, 330i, 540i, M3 Coupé, M5, X5 3.0i e X5 4.4i fabricados entre 2002 e 2006 a comparecerem a uma concessionária autorizada da marca para a substituição do airbag do motorista gratuitamente.
 
O recall é destinado aos proprietários dos veículos acima mencionados, após verificar a possibilidade destes modelos apresentarem falha de funcionamento do airbag do condutor, em decorrência de contato prolongado do gerador de gás do airbag com umidade e/ou falha durante a fabricação do gerador de gás. Ocorrendo a falha, em caso de acionamento do airbag do condutor em situação usual, um aumento na pressão interna do gerador de gás pode ocorrer, gerando rompimento da bolsa de ar e projeção de peças de metal por meio do airbag.

Esta medida corretiva visa a garantir a segurança dos clientes da marca BMW. A BMW do Brasil convoca os proprietários dos veículos afetados a entrarem em contato com uma concessionária autorizada, a fim de agendarem gratuitamente a substituição do airbag do condutor dos veículos afetados. A empresa destaca que, até o presente momento, não tem conhecimento de nenhum acidente no Brasil envolvendo os veículos da marca BMW.

O tempo gasto na realização do serviço é de aproximadamente 25 minutos e o início do atendimento poderá ser feito a partir de 14 de setembro.

Os chassis não sequenciais envolvidos são:

modelo
de
até
320i
CG51407
CG54278
KK47878
KK80577
325Ci Coupé
JW22125
JW22148
325i
KL36091
KL49918
RA21007
RA21080
330Ci Cabrio
PJ60267
PJ62513
PK44137
PK46567
EH34982
EH36596
330i
KM65618
KM68140
KN50468
KN52537
PD81142
PD82062
PE00566
PE02163
540i
GG92600
M3 Coupé
JP80419
JP90860
M5
GJ22563
GJ22804
X5 3.0i
LT41531
LT47491
X5 4.4i
LP12286
LP14451

Para mais informações, por favor, ligue para o Serviço de Atendimento ao Cliente BMW (0800 707 3578), de 2ª a 6ª-feira, das 8 às 19 horas, ou acesse www.bmw.com.br/recall.

Alta Roda com Fernando Calmon

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DILEMA DO PREÇO

Situação difícil do mercado garante ao consumidor, mais do que nunca, a decisão de escolher. Entre os sedãs médios-compactos trava-se uma verdadeira batalha para atrair os possíveis (e poucos) compradores. Este ano vem sendo marcado pela renovação em diferentes níveis. Começou com a atualização do Nissan Sentra, seguido pelo inteiramente novo Chevrolet Cruze. Esta semana começam as vendas da décima geração do Honda Civic. A Citroën aproveitou o embalo para lançar o C4 Lounge 2017 apenas com motor turbo de 1.6 L/173 cv (etanol), conforme antecipado pela Coluna.

As atenções concentram-se no constante desafiador ao líder Toyota Corolla. A décima geração do Civic foi muito bem recebida no mercado americano e logo assumiu a primeira posição no segmento. Não teria porque ser diferente aqui, pois o carro ficou maior, mais equipado, com bom espaço para pernas no banco traseiro, porta-malas amplo de 519 litros e estreia versão de topo, Touring, que utiliza o novo motor turbo de 1,5 L/173 cv (apenas gasolina inicialmente e flex quando for nacionalizado daqui a um ano). Além disso, o estilo – fundamental para o brasileiro – é bastante arrojado, mas dentro dos limites. Até as lanternas traseiras superdimensionadas harmonizam-se, sem chegar ao exagero.



Tudo estaria no bom caminho, mas há entraves. A Honda terá que administrar a capacidade da atual única fábrica em Sumaré (SP), onde produz quatro modelos, sem contar o WR-V uma derivação crossover do Fit já na fase final de desenvolvimento. A oferta inicial do Civic será de 3.000 unidades/mês, certamente abaixo do seu potencial. Existe uma nova unidade fabril pronta em Itirapina, a 110 km de Sumaré. Mas só pode entrar em operação ao se esgotar a capacidade em dois turnos de Sumaré e quando for possível fabricar mais 5.000 unidades/mês em Itirapina, mesmo que em turno único. A maioria das marcas japonesas não aprecia trabalhar em três turnos, o que em teoria resolveria a questão.

Este dilema industrial e a decisão de não produzir mais do que se possa vender explicariam a política de preços, tão ousada para cima como o próprio modelo, para segurar a demanda não atendível. O Civic agora começa em R$ 87.900 e vai a R$ 124.900. De início, a versão de entrada (Sport) representará 24% da produção, as intermediárias (EX e EXL) 48%, todas com o atual motor de 2 litros de aspiração natural, e a nova Touring, 28%. Esse não é um mix normal, nem o definitivo, porém reflete a situação de hoje e dos próximos meses.

O carro deixa boas impressões ao guiar. Caixa de direção eletroassistida de relação variável (apenas 2,2 voltas de batente a batente), nova suspensão traseira multibraço e câmera acoplada ao espelho retrovisor direito são destaques. A caixa de câmbio automática CVT tem desempenho melhor com o motor mais potente, quando se podem usar borboletas atrás do volante e as sete marchas virtuais apresentam respostas que beiram alguma esportividade. Assoalho traseiro deixou de ser plano por razões de aerodinâmica e de espaço vertical interno incontornáveis em um projeto moderno. Entrada de fio para telefone inteligente obriga a certo contorcionismo para a idade média dos clientes de sedãs.

RODA VIVA

CONGRESSO da Fenabrave (associação das concessionárias) destacou o clima de possível reação das vendas no último trimestre do ano. Barry Engle, presidente da GM América do Sul, além de projetar crescimento do mercado de 12% em 2017, reconheceu que a indústria se empolgou demais no seu planejamento anterior. É raro um executivo fazer análise tão sincera.

EXPECTATIVA maior do Congresso foi sobre o que pensava o governo federal acerca do plano de renovação de frota, rebatizado de Programa de Sustentabilidade Veicular. Ainda está em análise para possível anúncio no próximo ano. Já se sabe, no entanto, de fortes limitações no orçamento público. Ordem é aguardar e peneirar as sugestões, de fato, viáveis.

DEPOIS de investimento de R$ 46 milhões, a Toyota está apta para desenvolvimentos locais. Em sua fábrica de Diadema (SP) inaugurou esta semana seu 15º centro de pesquisas. Os demais estão no Japão, EUA, Europa, Ásia e Austrália. Nos planos, além de reestilizações e testes de motores, surgirão derivações de produtos específicos para a América Latina.

NOVO MINI Cabrio mostra que nunca convém ficar de fora do restrito mercado de conversíveis. Oferecido apenas na variante Cooper S, o carro é harmonioso, independentemente da capota aberta ou fechada. O recente motor BMW 2-litros/192 cv “empurra” de verdade. Acabamentos e materiais são de primeira qualidade e o preço acompanha: R$ 164.950.

FORD modernizou sua central multimídia com tela capacitiva de 8 pol. na linha 2017 dos Focus hatch e sedã, além de incluir luzes diurnas de LED. Preços ainda não foram anunciados, porém versões intermediárias continuarão com o sistema anterior. Nova central mais rápida e intuitiva inclui Android Auto e Car Play, integrando pacote de itens de segurança e conforto.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

Étoile Filante volta a Bonneville

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Por Jason Vogel


Nos anos 50, os carros a turbina pareciam ser o futuro. Um dos fabricantes a testar a novidade foi a Renault que, em 1954, começou a projetar o Étoile Filante (estrela cadente). Com carroceria aerodinâmica de fibra de vidro desenvolvida em túnel de vento, turbina Turbomeca de 270cv, rodas de magnésio e pesando apenas 950 quilos, o bólido foi levado ao deserto de sal de Bonneville, em Utah, nos Estados Unidos. 

Lá, em 4 de setembro de 1956, o Étoile Filante estabeleceu um recorde de velocidade até hoje não superado por carros a turbina de sua categoria (menos de 1.000 quilos): 308,85km/h. Ao volante estava Jean Hébert (1925-2010), piloto e engenheiro de provas da fábrica.


Na década de 90, a Renault restaurou o Étoile Filante para exibi-lo em sua coleção de automóveis históricos. Agora, para marcar os 60 anos do recorde, a fábrica levou o carro de novo a Bonneville. 

A turbina dos helicópteros Alouette que originalmente movia o carro, porém, ficou no museu. Desta vez, o bólido andou tocado por um motor elétrico e teve ao volante Nicolas Prost.


— Fiquei muito tenso por guiar um automóvel tão raro e com pedais invertidos: acelerador à esquerda e freio no lado direito — conta o piloto de 35 anos, que compete na Fórmula E, para carros elétricos, e é filho do tetracampeão de F-1 Alain Prost.

Desta vez, a velocidade foi baixa: o Étoile Filante apenas desfilou para ser fotografado e filmado no deserto de sal. Mas a Renault aproveitou a chance para bater um recorde com outro carro: um modesto Dauphine!



Explica-se: a primeira ida do Étoile Filante aos Estados Unidos serviu para promover o lançamento do Renault Dauphine naquele país, em 1957. Daí que, quase 60 anos depois, a fábrica teve a ideia de levar também o pequenino sedã de quatro portas a Bonneville para acelerar e ver no que dava.

‘Leite Glória’ é a mãe!

O carro levado ao deserto de sal estava com um “veneno de época”: um kit que aumenta a cilindrada para 956cm³ (contra os 845cm³ originais). Além disso, teve seu interior aliviado de bancos e forrações, e recebeu um santantônio, exigência atual na prova. De resto, até as medidas dos pneus eram originais.



Pilotado por Nicolas Prost, o Dauphine chegou a 123km/h — novo recorde oficial na categoria CGC, para carros de passeio a gasolina fabricados entre 1928 e 1981, com cilindrada de 754cm³ a 1.015cm³. E você aí com a velha piada de que os Dauphine e Gordini são iguais a Leite Glória: “desmancham sem bater...”.

Pé na Tabua – TT: de 28 a 30 de Outubro!

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Está marcado para o período de 28 a 30 de Outubro o Pé na Tábua – TT e os amantes das duas rodas terão a chance de competir e trocar conhecimentos com colecionadores de todo o país. O Tira-Teima de Motos Históricas acontecerá no Kartódromo Municipal de Barra Bonita – SP. Serão diversos modelos reunidos em um único lugar, onde participantes e público poderão ver de perto esse resgate histórico e cultural. Os apaixonados por motos já podem comemorar, colocar o capacete, aquecer os motores, correr para o site e fazer a inscrição. A entrada para o público é gratuita.




O objetivo principal do evento é reunir motocicletas com mais de 30 anos de fabricação para uma exposição. Com modelos fabricados até 1984, haverá também corrida, na qual, a emoção e adrenalina estarão nos olhos de quem assiste e no coração de quem corre.

As categorias dividem-se entre velocidade e regularidade, nas quais as motos veteranas (com mais de 95 anos), Scooters (até 1982) e as famosas Harley Davidson estarão entre alguns dos modelos participantes. As novidades ficam por conta da categoria Batom, onde apenas mulheres participam da corrida, e da premiação para motos em exposição.


Seja para conferir de perto os detalhes dessas raridades, ou curtir o som dos motores quando na pista, os participantes ou público terão estrutura completa para toda a família. A exposição será em um local coberto, com alimentação e atividades ao redor. Desde 2013, o evento reúne motos raras e clássicas e já recebeu modelos como Harley Davidson WLA 1942, Triton Café Racer, além das famosas Vespas e Lambretas, entre outros.


Como não ficar curioso, não é mesmo? Então é só marcar na agenda e trazer toda a família.

Agenda


Pé na Tábua – Tira Teima de Motos Histórias

Data: de sexta-feira a domingo, 28, 29 e 30 de outubro de 2016
Horário: Exposição – 9h às 21h
Local: Kartódromo Municipal – Barra Bonita/SP (Praça do Teleférico – Centro Turístico da Cidade)
Entrada Gratuita


Mais informações sobre o evento e inscrições:
www.penatabua.com e www.facebook.com/corridapenatabua


Clássicos com arte na Pinacoteca

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Em parceria com a Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, que em grande estilo comemorou seus 30 anos de existência, nos dias 6 a 9 de outubro o Clube de Automóveis Antigos de Santos promoveu um encontro de clássicos que marcaram a história da indústria mundial. Remetendo à elegância e ao glamour de eventos internacionais, como os concursos de elegância de Villa d’Este e Pebble Beach, veículos de alto nível de qualidade fabricados entre as décadas de 1920 e 1980, demonstravam a evolução do design e da engenharia que nortearam a trajetória da indústria automobilística, em meio a um cenário que remete à época áurea da economia cafeeira no Brasil, no decorrer do século 19.




Alusivamente ao local e à qualidade dos veículos apresentados, o evento denominado Pina Classic Cars foi caracterizado pela presença de autênticas obras de arte do mundo sobre rodas, como um Buick Limousine de 1929, símbolo de luxo e ostentação da indústria norte-americana em fins dos anos 20 a esportivos de grande sucesso, ainda hoje admirados por milhares de entusiastas como o Thunderbird, Camaro e Mustang.

Camaro SS 1969

Ford Tudor 1929, Phaeton 1931, Plymouth 1948, Chevrolet 1940 e 51, bem como uma impecável e original El Camino, baseada na plataforma do Chevy Impala, de 1960, Nash Metropolitan 1963 e clássicos europeus como o Citroën 11 Legeré, Rolls Royce Silver Cloud 1959 e o belo Jaguar Mk-II 1964, compunham um ambiente de nostalgia que chamava as atenções dos visitantes, nos jardins e alamedas externas do casarão, erguido em frente à praia santista do Boqueirão. Uma jardineira Chevrolet de 1926, o veículo mais antigo da mostra, contrastava com o arrojo e esportividade do De Lorean, automóvel que ficou famoso nas telas dos cinemas, por meio da trilogia “De Volta para o Futuro”.

Buick Limousine 1929

No prédio, tombado como patrimônio histórico, instituiu-se a Pinacoteca Benedicto Calixto, abrigando desenhos e pinturas do homônimo artista plástico que remetem às origens e evolução do Porto e outros pontos históricos de Santos. Recital de piano apresentado por Eduardo Paulino, diretor cultural da instituição, homenagens aos antigomobilistas e clubes participantes estavam entre as demais atrações do evento, realizado com o apoio do Chevrolet Clube do Brasil, Clube do Fordinho e da Federação Brasileira de Veículos Antigos, que superou as expectativas e está incluído no calendário oficial de eventos da instituição santista com promissoras perspectivas de crescimento, entrando para o rol dos maiores encontros de antigomobilismo do Brasil.

Chevrolet 51 e Plymouth 48

 Chevrolet 1940

Citroën 1948

 De Lorean

 El Camino 1960

 Ford 1929 Roadster

 Ford 1931

 Ford Tudor 1929

 Homenagens aos clubes

 Impala 1963

 Jaguar MK-II 1964

 Jardineira 1926

 Mustang Hard Top 1967

 Nash e Lambretta

 Nash Metropolitan 1963

 Rolls Royce Silver Cloud 1959

Thunderbird 1955


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Alta Roda com Fernando Calmon

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EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO

Talvez a melhor imagem para explicar as interações entre as crises políticas e econômicas que assolam os países seja a de uma dupla nos ralis. O piloto pode fazer o papel dos políticos e governantes, enquanto o navegador representa a economia. Quanto o navegador diz “freada forte e curva acentuada à direita”, por exemplo, ai do piloto que não confiar. O carro vai se acidentar e termina tudo ali.

Durante o congresso Perspectivas 2017, realizado recentemente em São Paulo pela Autodata, mais de um palestrante bateu nessa tecla. Não se resolvem problemas de recessão, desemprego, baixo índice de confiança e financiamentos difíceis sem obediência ao “navegador”. O conhecido código tulipa das planilhas de ralis significa as leis de mercado. Não dá para sair dessa trilha e achar que ganhará a prova.

Faltou consenso sobre a velocidade de retorno do carro à competição, depois de consertado. A começar por Letícia Costa, da consultoria Prada, que previu algo entre crescimento zero e até 5%. Ela mesma se classificou como cautelosamente otimista. Rogélio Golfarb, da Ford, lembrou que pela primeira vez o mercado de veículos cai por quatro anos seguidos (2013-2016), totalizando 46%. A crise de 1980-1981, com menos 43%, custou um período de 12 anos para recuperação.

Momento atual é dramático, pois pegou todos os fabricantes, novos e antigos, no fim de um ciclo de altos investimentos em capacidade produtiva. A ociosidade de 50% (considerando três turnos de produção) cairá lentamente nos próximos anos. A fase de lucros se transformou em prejuízos. Há alguns ventos a favor: melhora da confiança, recuo da inflação e da taxa de juros básica e crescimento do PIB em 2017.

Barry Engle, da GM, não se intimidou. Acha possível crescer entre 12 e 14% no próximo ano, acima da melhor previsão até agora, a da Anfavea, que acenou com uma subida em torno de 8%. Entre os motivos do otimismo citou o rápido envelhecimento da frota brasileira. Pode não valer mais a pena deixar de trocar o carro, em especial se sinais políticos positivos se confirmarem.

Para David Powels, da Volkswagen, só marcas muito pequenas desistiram do Brasil. Entre 2017 e 2019 terá quatro modelos do segmento compacto com a arquitetura mais moderna do Grupo VW, que encerrou o primeiro semestre deste ano como líder mundial em vendas. Esses carros ainda não existem nem na Alemanha. Os produtos esperados são Gol, Voyage, Parati e um novo crossover que possivelmente se chame Fox.

Talvez a empresa a sentir menos a crise brasileira destes anos, Miguel Fonseca afirmou que a Toyota olha uma década à frente. Foi além: em 2030 acredita que 40% dos carros da marca, aqui vendidos, serão híbridos com motores flex.

Stefan Ketter, da FCA, discorreu sobre as dificuldades de prever o ritmo de recuperação no próximo ano. Acredita, porém, que em 2020 podemos voltar aos três milhões de veículos comercializados, ainda distantes dos 3,8 milhões de 2012.

Em resumo, o País enfrenta sérios problemas de produtividade e ineficiência decorrentes de infraestrutura, burocracia e cipoal tributário. Precisa voltar a ser competitivo na exportação e mais aberto ao mundo. Quem sabe, um dia ganharemos esse rali.

RODA VIVA

APENAS aqui repercutiu de forma tão forte uma pequena nota da revista alemã Der Spiegel, dando conta de que a Alemanha proibiria fabricar carros com motores a combustão depois de 2030. Pura bobagem. Não passa de uma proposta que nem foi aprovada no Parlamento e também depende de acordo com a União Europeia. Chance de acontecer nesse prazo: zero.

ENQUANTO movimentações e apelos contra os combustíveis de origem fóssil ocorrem, em especial na Alemanha, continuam as indefinições sobre o etanol (praticamente neutro em termos de pegada de carbono) no Brasil. Stefan Ketter, presidente da FCA, voltou a chamar a atenção para essa oportunidade desperdiçada durante o Congresso Perspectivas 2017.

IMPENSÁVEL há uma década, câmbio automático chegou às picapes compactas com a Duster Oroch. Combinado apenas ao motor 2-litros, a picape anabolizada da Renault, primeira de quatro portas entre as pequenas, vai bem no para-e-anda do trânsito. Mesmo tendo apenas quatro marchas, nesse tipo de veículo apresenta comportamento razoável.

FARÓIS principais em LED prometem novos avanços. Hoje estão limitados porque os emissores de luz são individuais, precisam estar agrupados e ocupam espaço só disponível em carros grandes. Agora começam a aparecer os primeiros chips com 1.024 pontos controláveis de luz. Resultado: resolução ainda maior, sem risco de ofuscamento e dimensões bem menores.

PICAPES de cabine dupla com aros e pneus bem caros têm sido alvos de quadrilhas. Levantam o veículo pela lateral com ajuda de um macaco, retiram duas rodas e vão embora deixando o macaco para trás. Atacam à luz do dia e total destemor. Pior do que o furto é saber que há receptadores fáceis de encontrar, os grandes “espertos” nesse tipo de crime.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

Village Classic Cars

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O Veteran Car Club RJ, primeiro Clube de Automóveis Antigos do Brasil, em parceria com o Porsche Club RJ tem o prazer e orgulho de convidar todos para a visitação ao Village Classic Cars, um evento único na Cidade do Rio de Janeiro.

São mais de 100 ícones da industria mundial a partir dos anos 10 reunidos no Shopping que é um marco em sofisticação e elegância. Os carros foram pré selecionados por uma comissão técnica e representam muito bem cada era. Cada carro tem a sua história. O evento será realizado em local fechado e climatizado para garantir o conforto de todos os visitantes e contará com pontos de alimentação e música.

Venha e traga a sua família. Você não pode perder!!! De 22 a 30 e Outubro. A partir das 12h.



https://www.facebook.com/events/360874187585993/

Vale notar que a entrada é franca.

De Carro por Aí com Roberto Nasser

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Novidades Alfa

No processo de relançar a marca com apresentação pontual e de per si de produtos, ampliando leque de versões, preços e clientes, Alfa Romeo aproveitou recém findo Salão de Paris para exibir novas versões. Estão abaixo do Giulia Quadrifoglio e seu poderoso motor V6, 2,9 litros e 510 cv de potência.

Novos brotos na centenária árvore são das famílias Veloce e Super. Nomes felizes, décadas de identificação de produtos-ícones como a esportiva Giulietta, o ágil sedã Giulia 1600, agora aplicados às versões de menores preço, performance e status. Imagem ajudará fazer números de venda.
Motorizações previstas: novo L4 2,0 – evolução do árdego 1,75 do Alfa 4C – turbo, 16 válvulas, injeção direta e saudáveis 280 cv. Parâmetro de tecnologia, produz 400 Nm de torque – como o fez o Dodge Dart com motor 5,2 litros. E novo engenho diesel, 2,2, 210 cv e 470 Nm em torque. É diesel e se destina aos admiradores do Sr. Rudolf Diesel. Ambos inteiramente em alumínio, transmissão automática de 8 marchas, tração permanente nas 4 rodas dita Q4.

Apresentação sutil, em se tratando de França, levou Giulia pintada em releitura do Azul Francês, a cor do país para as corridas.

Preserva nome Quadrifoglio para sinalizar o topo. Abertura do leque por preços cria novos degraus, entretanto mantém a filosofia para marcar o renascimento da marca: em todas as suas versões quer ter rendimento superior às referências miradas, alemães Mercedes C, BMW 3 e Audi 3.

Alfa French Blue, 2,0 Veloce, Super, nomes fortes em sua história.

ES fará esportivos

Nova fábrica de veículos leves, criada em São Bernardo do Campo, SP, a D2DMotors registrou razão social, logo, e assinou compromissos com o Governo do Espírito Santo e a Prefeitura de Jaguaré. Promete construir unidade industrial próximo ano, e a partir de 2019 produzir na pequena cidade ao norte do Estado – 160 km da capital Vitória.

Diz Eduardo Eberhardt, líder do projeto, é realização do sonho de produzir veículo destinado ao lazer, com o que há de mais novo em tecnologia, aliado ao estado da arte em design, com acabamento primoroso, valor extremamente competitivo, aliado ao mais importante, o desenvolvimento 100% nacional.

Informações discrepam entre projeto industrial para dois veículos, um conversível e um utilitário esportivo, e o informe oficial de investimentos, definidos em R$ 22 milhões em três fases para implantar a unidade e atingir a produção de 300 unidades/mensais em capacidade máxima.

Valor parece insuficiente para desenvolver produtos – afinal a empresa comprará de fornecedor externo base mecânica, a partir de motor e transmissão e deve adequá-las aos prometidos veículos -, implantar edifícios industriais, equipá-los para produção – e construir veículos.

Parte das dúvidas deve ser esclarecida durante o Salão do Automóvel – novembro 10 a 20 -, onde Ebercon/D2D dizem estarão presentes, possivelmente com protótipos e dados.

Empresa é de participações, tendo nascido como desdobramento da atividade principal, a fabricação de auto peças pela familiar Arteb, e atua nos segmentos imobiliário, alimentos, bebidas, beleza, e agora automotivo.

Para o Espírito Santo, ocasião do Salão do Automóvel será memorável: conseguirá, após várias promessas, incluindo marcas como Lada e SsangYang, apresentar produtos automotivos de produção local, como os ônibus Volare montados pela Marcopolo em São Mateus, e os projetos da D2DMotors.

ilustração inspirada no esportivo espiritossantense

No Salão Fiat irá aos extremos

Novidades da montadora mineira fixar-se-ão nos extremos de sua linha de produtos, o Mobi e o Toro. Para ambos, versões com novas motorizações.

No menor aplicará o motor 1,0 com três cilindros, 6 válvulas, 72-77 cv e 110 Nm de torque, recém apresentado como equipamento do Uno. Nova versão será distinta tecnologicamente, de maior preço, acima das hoje existentes, movidas pela última geração dos motores Fire, mantidos nos demais Mobi.

Caso e posição idênticos no Toro, inovando com motor 2,4 da família Tigershark. Configuração em alumínio, desenvolvimento comum com Hyundai, a ainda exclusiva invenção Fiat, o cabeçote Multi Air, conjunto produzindo 190 cv e 240 Nm de torque. Fruto de pesquisa junto a clientes, demandando por esportividade, porém sem atração por motor diesel, não haverá versão de trabalho, mas apenas em performance, para ocupar nova posição de mercado. Nova versão estará entre as hoje existentes 1,8 Otto e 2,0 Diesel. Transmissões mecânica de seis velocidades e automática, com nove.

Chery já vende QQ nacional

Primeira chinesa com produção no país Chery iniciou vender seu segundo produto nacional, o pequeno QQ. Reúne apelos como a ótima relação entre conteúdo e preços – com ar condicionado, direção hidráulica e vidros laterais dianteiros com acionamento elétrico custa R$ 29.990; rodas leves e outros confortos, R$ 31.990. Outros apelos, nota AA no índice de economia oficial. Seu motor 1,0 de três cilindros, 12 válvulas pela austríaca Acteco não brilha em performance: produz 69 cv, mas baixo peso auxilia o rendimento. Outro argumento de vendas é integrar a relação Car Group, do Cesvi Brasil, dos carros com menor custo para reparos, aliviando o bolso do consumidor e reduzindo custo de seguro.

Estilo atualizado, integrando frontal e grupo óptico com o habitáculo, alguns excessos como as maçanetas das portas traseiras, e problema típico dos hatches pequenos – como acabar o produto.
Transmissão mecânica cinco velocidades, suspensão frontal McPherson, traseira por eixo rígido.
Fábrica não apresentou o produto, apenas comunicou.

QQ nacional

Roda-a-Roda

Ocasião – Para agilizar participação no recém aberto mercado do Irã, PSA formou joint venture com a SAIPA, para importar, distribuir e produzir Citroëns adequados ao país.
Bússola – Porsche fechou números dos três primeiros trimestres. Cresceu 3%: 178.314 veículos, liderados por 718 Boxster e Macan. Maior mercado não é Europa ou EUA, mas China.
Fim – BMW suspenderá a produção do Mini Paceman ao final do ano. Atraente e simpática como quase todos os carrinhos da marca, versão nunca se encontrou – ou ao mercado.
P'ra frente - Ford adiou para 2018 opção de transmissão automática no Troller. Frustrou revendedores, há tempos cobrando a versão. Razão oficial: conter investimentos.
Negócio - Comerciantes veem como tiro no pé não atender projetada e significativa massa de clientes. Promessa feita em 2013 garantia a opção em dois anos. Passados três, postergada para 2018. Troller hoje vende 1/3 da capacidade industrial instalada, e o pequeno quantitativo limita concessionários.
Mais – Após apresentar SUV Compass com motorização diesel e tração total, Jeep lança versão com motor 4 cilindros, ciclo Otto, 2,0, 16 válvulas e dois variadores para as válvulas. Produz 159-166 cv, 19,9 – 20,5 m.kgf de torque.
Tudo – Exclusivamente em transmissão automática de 6 velocidades, suspensão Mc Pherson nas 4 rodas, confortos, refinamentos internos, boa performance. Tudo para ser o mais vendido da marca, superando o Renegade.
E ? – Preços x conteúdo bem distribuídos. Versão de lançamento, Opening Edition, a R$ 109.490. Inicial Sport, simplificada, R$ 99.990; Longitude, primeira a contar as aletas para mudar marchas no volante; e Limited, a R$ 124.990.

Compass também com motor 2.0

Tapa – Nissan apresentou o novo March em Paris, mas não deu esperanças de atualizar o modelo local. Aqui, sem novidades insistirá na política de criar versões e edições especiais. Para o Salão do Automóvel, a Midnight Edition, marcada por detalhes em preto contra o vermelho da carroceria, para choques mais agressivo.
Frota – Localiza, maior rede de aluguel de carros na América Latina, incluiu Jeeps Renegade em sua frota. Empresa abre leque de opções, incorporando Chevrolet Cobalt, Nissan Versa, Volvo S60 e BMW 320i GT.
Novos tempos – Projeto VAMO, em Fortaleza para compartilhamento de carros elétricos, ganhou mais duas estações. Disponibiliza 8 carros elétricos chineses, de aluguel. Quer chegar a 20 na próxima etapa.
Fácil – Negócio simples, interessado se cadastra e marca data, hora, estação para recebimento. Tarifa inicial de R$ 20 para primeiros 30 minutos. Após, de R$ 0,80 a R$ 0,40/minuto dependendo da extensão da locação.
Negócio – Dana de autopeças aproveitou a conjuntura, baixa liquidez, e a situação de seu fornecedor SIFCO, em recuperação judicial, e fez oferta pela empresa. Juiz e credores satisfeitos, Dana assume e ampliará capacidade de oferecer sofisticados produtos forjados.
Paridade – Deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) em seu projeto PLC 170/2015, pega carona na regulamentação dos carros antigos para levar alguns conceitos aos antigos modificados, os hot rods.
Supressão – Antigos totalmente originais, reconhecidos no Código de Trânsito Brasileiro como De Coleção, dispensam uso de equipamentos tornados obrigatórios após sua produção. Parlamentar quer rotular os Antigos Modificados como os com mais de 30 anos de produção excluindo-os da obrigatoriedade de uso de encosto de cabeça, air bags, controle de emissões poluentes e de ruídos.
Dubiedade – Pelo texto, em pouco tempo, tais alterações atingirão veículos recentes, permitindo retirar equipamentos originais de segurança. E se o conceito dos Hot Rods é aumentar performance, itens de segurança devem ser implementados – e não abduzidos.
Argentinices – Argentina tem três colecionadores poderosos, do tipo maior fortuna do país, concorrer na Mille Migla Storica, expor no encontro de Pebble Beach. Nível superior ao do nosso antigomobilismo.
Racha -Última Autoclasica, há dias, em Buenos Aires, mostrou um cisma: Goyo Pérez-Compenq, que se ausentara por discordar de não premiação, voltou premiado. E os outros faltaram.
Jeitinho – Coincidência ou não, Daniel Sielecki, o mais internacional dos colecionadores argentinos, mesmo ausente levou um mimo: prêmio pela FIVA, a Federação internacional. Autoclasica foi o único evento sul americano a constar da lista da Unesco no ano da preservação histórica, e para comissão, seu Ferrari 195 Inter, s/n 181 EC, não restaurado, merecia a distinção.

Mathias Sielecki, d, recebe prêmio. Pai ausente

Mercedes E, o sedã mais inteligente

Classe E Mercedes é referência mundial, cunhada durante 10 gerações. Entre os Classe C e o topo Classe S, é o sedã mais vendido da marca, visto como o mais rentável da linha. Melhorá-lo é sempre desafio para equilibrar qualidade e conteúdo, sem arriscar a liderança.

Mercedes bem cumpriu a missão com novo modelo, iniciando ser vendido no mercado brasileiro sob a denominação de E 250. Há em três versões, em mecânica comum, novo motor 2,0 litros, quatro cilindros, injeção direta com 8 pulsos e 200 bar de pressão, gerando 211 cv de potência e 350 Nm de torque a apenas 1.200 rpm – ou seja, grande disponibilidade de força a partir da marcha lenta. Para melhor aproveitar a característica de andar em baixas rotações, nova transmissão 9G Tronic, com nove velocidades e menor tempo de mudança. Dinamicamente 6,9 s para ir a 100 km/h e corte de velocidade a 250 km/h.

Nova carroceria, maior 43 mm, ampliado 65 mm em entre eixos, intensa aplicação de alumínio e aço ultra-ultra resistente, reduziu 65 kg relativamente à geração anterior, e Mercedes fez trabalho de mestre em aerodinâmica, trazendo a resistência a Cd 0,22. Linhas mantém identificação de agilidade, com amplo capô e a solução por ela criada de fazer o teto fluir mantendo aparência de cupê.

Grande ganho foi no conteúdo, implementando prazer na condução. A tecnologia Intelligent Drive o torna o degrau próximo da autonomia com novidadosa capacidade de acompanhar o fluxo de trânsito entre 60 e 200 km/h, freando autonomamente quando necessário. Outros ganhos tecnológicos estão no sensor de mudança de faixa e nos faróis Multibeam LED, cada um com 84 lâmpadas LED, aumentando capacidade de iluminação sem ofuscar motoristas em sentido contrário, de funcionamento digital.

Três versões: Exclusive Launch Edition,R$ 325.900; Exclusive R$ 319.900; eAvantgarde, R$ 309.900.

Mercedes E, sedã mais inteligente do mundo

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